Apesar de ainda não se ter massificado no mercado nacional, Roberto Teixeira acredita que há espaço para as construções em LSF em Portugal e que, aliás, esta tecnologia vai ser cada vez mais adotada. “À medida que as pessoas conhecem as vantagens e experienciam este tipo de habitação, a aceitação cresce. Em muitos mercados avançados, como o norte-americano ou o nórdico, o LSF já é a norma. Em Portugal, acredito que vai ganhar terreno muito rapidamente, porque responde às preocupações atuais: conforto, eficiência, sustentabilidade e valorização do imóvel ao longo do tempo”.

O mercado imobiliário nacional tem sido tema de discussão quase diário pelas dificuldades com que se tem vindo a deparar. “O setor enfrenta escassez de mão de obra qualificada, o aumento do custo dos materiais e uma burocracia que atrasa a concretização de projetos. Para além disso, existe uma pressão crescente para reduzir a pegada ambiental, o que obriga a repensar processos e materiais”, explica Roberto Teixeira. Por isso, é necessário encontrar alternativas inovadoras e revolucionárias. “É aqui que tecnologias como o LSF podem ser decisivas, ao trazer soluções mais rápidas, limpas e eficientes”.

De facto, para Roberto Teixeira, a industrialização da construção está já a alterar a forma como se constroem casas e vai ser uma aposta cada vez maior no futuro. “A industrialização permite maior precisão, menos desperdício e prazos de execução muito mais curtos. No LSF, por exemplo, grande parte da estrutura é preparada em ambiente controlado antes de chegar ao terreno, o que reduz erros e aumenta a qualidade final. É um caminho sem retorno, porque beneficia tanto quem constrói como quem vai habitar”.

Assim, Roberto Teixeira vê o futuro da construção nacional com otimismo. “Vejo um setor mais tecnológico, mais industrializado e mais orientado para a sustentabilidade. A procura por casas eficientes e confortáveis vai continuar a crescer e os consumidores serão cada vez mais exigentes quanto à qualidade e transparência do processo. Acredito que quem investir hoje em soluções inovadoras estará à frente nos próximos anos”, conclui o CEO da OWNEST.