Desde o lançamento do primeiro livro em 1997, a saga “Harry Potter” se consolidou como uma das maiores franquias literárias e cinematográficas do mundo. Entre feitiços, criaturas mágicas e personagens marcantes, poucos elementos se tornaram tão emblemáticos quanto a figura de Tom Marvolo Riddle, mundialmente conhecido como Lord Voldemort, principal vilão da trama.
Dentro deste contexto, não é novidade para os fãs, o quanto os bruxos do universo evitavam pronunciar o nome do antagonista, substituindo-o por expressões como “Você-Sabe-Quem”, “Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado” ou “Lorde das Trevas”. A escolha refletia não apenas a figura maléfica do personagem, mas o medo coletivo que ele provocava.
Durante quase toda a saga, essa prática foi utilizada como uma espécie de “superstição” e, mais tarde, os livros e filmes finais revelaram que realmente havia uma proibição acompanhada de uma explicação ligada diretamente à primeira guerra bruxa.
Afinal, por que não se pronunciava?
A verdadeira razão pela qual o nome de Voldemort não podia ser dito foi apresentada em ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte‘, quando se é explicado que o vilão lançou uma maldição conhecida como Tabu, um feitiço que transformava o seu nome em uma palavra rastreável, ou seja, qualquer pessoa que ousasse pronunciá-lo seria imediatamente localizada pelos Comensais da Morte.
O Tabu foi criado em 1997, quando o antagonista já controlava o Ministério da Magia, se mostrando eficaz na época porque apenas os membros da Ordem da Fênix e seus aliados tinham coragem de usar o nome verdadeiro do bruxo. Dessa forma, bastava pronunciar “Voldemort” para que a localização fosse denunciada e ataques pudessem ser organizados.
Esse recurso se tornou um dos maiores obstáculos para Harry, Rony e Hermione durante a caça às Horcruxes, ao que, em determinado momento, o trio foi capturado por sequestradores depois de quebrar o feitiço protetor ao mencionar o nome do inimigo. O mesmo aconteceu com outros personagens, como o auror Kingsley Shacklebolt, que foi perseguido após violar o Tabu.
Cena do filme ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte’ – Reprodução/Warner Bros. Pictures
Embora o feitiço fosse poderoso, havia limites pois proteções avançadas, como o Feitiço Fidelius, não podiam ser quebradas pelo Tabu. Por isso, locais como o Largo Grimmauld, nº 12, permaneceram seguros mesmo com a menção ao nome do vilão. Ainda assim, o medo de ser localizado fez com que até mesmo personagens como Harry passassem a adotar os “apelidos” usados pela comunidade bruxa.
Antes do uso do feitiço, evitar o nome de Voldemort era apenas resultado do pavor causado pelas atrocidades cometidas por ele e seus seguidores durante a Primeira Guerra Bruxa. No entanto, na segunda guerra, a superstição ganhou um proposito real, transformando o nome em uma ameaça tão perigosa quanto o próprio bruxo.