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O majestoso leão alado de bronze, que há séculos observa Veneza do alto de uma das duas colunas de granito na Praça de São Marcos, poderá afinal ter viajado milhares de quilómetros antes de chegar a Itália, diz o The Guardian.
Uma investigação conduzida por cientistas da Universidade de Pádua sugere que a estátua tem origem parcial na China, mais precisamente na bacia do rio Yangtzé, e poderá mesmo ter sido um guardião de túmulo da dinastia Tang, adaptado posteriormente à iconografia cristã de São Marcos.
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O estudo, que será publicado na revista científica Antiquity, baseia-se numa análise avançada de isótopos de chumbo aplicada a amostras retiradas da escultura. Os resultados indicam que o cobre usado na fundição do leão provém da região sudeste da China, contrariando as hipóteses tradicionais que apontavam para uma origem na Mesopotâmia, na Pérsia antiga ou até na Grécia clássica.
Os cientistas admitem que o objeto poderá ter chegado à cidade através de Niccolò e Maffeo Polo, pai e tio de Marco Polo, que no século XIII viajaram até à corte mongol em Khanbaliq, a atual Pequim.
Caso se confirme esta hipótese, a escultura terá sido transportada ao longo da Rota da Seda, testemunhando o intenso intercâmbio cultural e comercial entre a Europa e a Ásia.