A ex-concorrente detalhou como conheceu o ex-marido. «Um dia estava num café e ele meteu-se comigo. A partir daí, comecei a receber imensas coisas no local onde trabalhava, eu devolvia tudo, não sabia quem era o homem.» Mais tarde, alugou uma loja num centro comercial do qual Helder era proprietário e, afirma que, o assédio tornou-se persistente: «Sempre me assediou».

Kina rejeitou a ideia de que tenha vivido às custas do empresário. «Nunca tive uma conta conjunta com o Helder. Nunca usei dinheiro dele. Casei com ele porque, durante oito anos, me pedia todos os dias.» Acrescentou que a imagem de grande fortuna não correspondia à realidade: «O Helder construía com apoio bancário, nunca teve cinco milhões na conta… era uma falácia, vivia acima das possibilidades».

Segundo a própria, o ponto de rutura surgiu quando percebeu que estava a ser vigiada. «Fui gravada em várias cassetes, tudo o que acontecia na minha vida tinha sido gravado. No meio disso tudo estavam também as conversas dele com as amantes». E resumiu: «Sempre fui uma mulher decente. As amantes… eu não merecia aquilo.»

A separação, garante, foi lenta e discreta. «Fui saindo de casa aos poucos. Com o Helder tive momentos de felicidade. Feliz? Nunca fui.» Kina afirma que a imagem pública do casal não refletia o que vivia: «As fotografias que encantaram todos eram uma falácia; tinha muito medo dele.» Kina mencionou ainda um episódio grave que envolvia alguém de quem gostava, «levou três tiros».

Sobre o atual conflito com o enteado, Kina classificou as acusações como «de uma estupidez desmedida» e insinuou que «alguém lhe pagou para isto», reforçando: «Se ele estivesse vivo, não deixaria que isto acontecesse.» Sobre o ex-marido, deixou uma última caracterização: «Era megalómano. Gostava de fazer tudo em grande, mas eu nunca fui a mulher do Helder, ele foi sempre o marido da Kina.»