Um condutor seguia ao volante com um crachá como o usado pelos polícias, uma carteira com identificação semelhante à dos polícias e até uma farda em tudo igual à envergada pelos agentes verdadeiros do Comando Metropolitano da PSP que o detiveram precisamente por “usurpação de funções”. O carro em que seguia estava equipado com luzes azuis e câmara no espelho.
O homem de 52 anos foi abordado, no domingo, durante uma fiscalização automóvel, tendo os agentes reparado que o carro em que seguia tinha equipamento muito parecido com o utilizado pelas Forças de Segurança, “nomeadamente plataforma de luzes azuis e câmara no espelho retrorrefletor, semelhante ao dispositivo de medição de velocidade de veículos utilizado pelas viaturas descaraterizadas da PSP”.
Os verdadeiros polícias rapidamente transportaram o impostor para o posto da Ponte 25 de Abril, onde descobriram mais tentativas de copiar os agentes, conta a PSP em comunicado de imprensa. O suspeito vestia uma indumentária com polo azul, colete tático preto com insígnias e identificação bordada com a bandeira de Portugal, calças táticas escuras e botas pretas com padrão militar. Além disso, tinha um Walkie Talkie, uma chave magnética para desativação de sistemas de segurança, além da carteira de identificação semelhante à utilizada dos polícias e um crachá metálico cinzento com o Brasão Nacional.
Com o homem de 52 anos sob custódia policial, foi realizada nova busca minuciosa ao veículo, na qual se encontrou um avisador luminoso reservado a carros de polícia (ou afetos à prestação de socorro) com o respetivo carregador de isqueiro, um emissor-recetor de comunicações rádio e respetivo microfone e auricular embutido num compartimento do tablier com ligação de isqueiro, coluna e microfone para efetuar a passagem de som para o exterior do veículo, mala tática com uma barra de ferro, lanternas e cones de sinalização laranja, abraçadeiras de serrilha e ainda vários velcros a dizer “Fiscalização”. No compartimento do motor foi também encontrado um dispositivo sonoro para sinalização de emergência e alerta de presença.
Questionado pela PSP, o falso polícia não explicou porque razão tinha na sua posse todos estes equipamentos, que foram apreendidos, assim como o carro. O suspeito foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.