A Porsche tem uma abordagem distinta de outros construtores para camuflar os seus protótipos de testes e explica-nos porquê.
Ao contrário da maioria dos protótipos de teste que andam na estrada a parecer zebras psicadélicas, cobertos de padrões a preto e branco, a Porsche prefere outro tipo de camuflagem. Pinta os carros de preto mate, pode aplicar painéis falsos da mesma cor e acrescenta autocolantes de faróis ou farolins… gigantes.
Estes faróis falsos replicam os faróis de outros modelos da Porsche ou podem imitar o de outros construtores. Tudo para baralhar quem olha.
© Porsche Se durante os testes a Porsche recorre a uma camuflagem discreta, em eventos públicos, vestiu o novo Cayenne Electric de forma bem mais vistosa.
Sascha Niesen, responsável pela verificação e validação dos protótipos de teste do novo Cayenne elétrico, justificou à The Drive — que teve oportunidade de os testar —, a lógica por detrás da decisão.
O objetivo é passar o mais despercebido possível, algo que é impossível com o tipo de camuflagem usado por outros protótipos de teste. O uso de faróis falsos e grandes vai no mesmo sentido e ajuda a disfarçar as óticas mais esguias do novo modelo.
A camuflagem da Porsche faz, assim, com que o novo modelo se pareça com um antigo, ou então, com que se pareça com um outro carro qualquer.
“Para ser honesto, não sabemos porque é que as outras empresas fazem aquela coisa da zebra esquisita nos seus protótipos, porque apenas grita: ‘Olá, sou um protótipo’. Faz toda a gente olhar”.
Sascha Niesen, verificação e validação dos protótipos de teste do Porsche Cayenne elétrico
Sobre o “Arranque a Frio”. De segunda a sexta-feira na Razão Automóvel, há um “Arranque a Frio” às 7h00 da manhã. Enquanto bebe o seu café ou ganha coragem para começar o dia, fique a par de curiosidades, factos históricos e vídeos relevantes do mundo automóvel. Tudo em menos de 200 palavras.