A selecção Nacional está na Arménia para iniciar a fase de qualificação europeia para o Campeonato do Mundo de 2026 – que decorrerá nos Estados Unidos, México e Canadá -, com o seleccionador nacional, Roberto Martínez, ciente de que não existe margem de erro neste formato de apuramento, num grupo de quatro selecções, com apenas seis jogos, para decidir em menos de dois meses e meio e que começa com duas deslocações.

A selecção chegou a Yerevan com 48 horas de antecedência para preparar o jogo deste sábado (17h, RTP1), que marca o regresso depois da conquista da Liga das Nações.

“É a primeira vez na história e temos de focar-nos rapidamente”, referiu Roberto Martínez, cujas primeiras palavras foram de solidariedade para as vítimas do acidente da Calçada da Glória, em Lisboa.

Dor a que a selecção, ainda de luto por Diogo Jota, se associa antes de iniciar a campanha rumo ao Mundial, num terreno difícil que exige total entrega da selecção campeã da Liga das Nações.

“Vamos defrontar um adversário competitivo, com um novo seleccionador e com variantes tácticas e qualidade individual que exigem uma coisa importante: que sejamos capazes de poder igualar a intensidade. Reagir na perda de bola para, com a nossa qualidade, vencermos este desafio”, sublinha Roberto Martínez.

A baixa de Diogo Dalot e a chamada de Nuno Tavares é mais um pormenor a ter em atenção neste jogo, que antecede nova deslocação para defrontar a Hungria, em Budapeste.

Contrariedade que poderá promover uma alteração táctica, com a possível utilização de João Neves a lateral, alternativa que o seleccionador não descartou, embora tudo dependa do que acontecer já no treino desta tarde.

“Temos um treino importante, mas estou muito contente com a preparação e por chegarmos com 48 horas de antecedência. Todos os jogadores estão cheios de energia e focados. Mas é preciso gerir bem o ‘onze’, pois temos dois jogos em 72 horas, para estarmos ao mesmo nível com a Hungria. Perdemos o Diogo Dalot, mas contamos com o Nuno Tavares, o único jogador que com um treino pode executar os conceitos”.

“Diogo Jota queria ganhar o Mundial”

O reencontro dos campeões de Munique fica marcado pela “ausência” de Diogo Jota, que Roberto Martínez entende poder ser mais uma forma de unir o grupo e de ajudar a canalizar a energia para perseguir o próximo objectivo.

“Sentimos o luto de forma diferente. Foi incrível, diria que foi muito emotivo poder utilizar o espírito da equipa campeã. Porque o Diogo Jota fez parte e construiu um balneário. Por isso, é uma força, um ponto de motivação… Porque o Diogo queria ganhar o Mundial! Foi um encontro emotivo, difícil, mas muito bonito, pois agora temos responsabilidade de lutar pelo povo português, mas também pelo Diogo”.