Chegou a hora de todas as decisões no último Grand Slam da temporada. Pela primeira vez na história, Aryna Sabalenka e Amanda Anisimova encontraram-se na final de um major, no caso o US Open. Ainda assim, a bielorrussa — que compete sem bandeira — e a norte-americana viviam situações bastante distintas, já que Sabalenka estava pela terceira edição consecutiva na final do Grand Slam norte-americano e, na presente temporada, também tinha sido finalista do Open da Austrália e de Roland Garros. Em sentido inverso, Anisimova procurava fechar com chave de ouro uma temporada em que tinha chegado pela primeira vez à final de um major em Wimbledon. Curiosamente, as duas já se tinha encontrado duas vezes em 2025, com uma vitória para cada lado. Em Roland Garros, Sabalenka venceu nos oitavos, ao passo que Anisimova deixou a bielorrussa fora da final em Wimbledon.
Número um do mundo Sabalenka vence Pegula para chegar à final do Open dos EUA
“Tinha muitas emoções na minha cabeça, dizia para mim mesma: ‘Oh meu Deus, fecha o encontro’. Estava nervosa e, em alguns momentos, não tomei a melhor decisão. Repeti-me durante todo o jogo: ‘No próximo ponto, passo a passo, esquece o passado e tenta fazer melhor’. O que aconteceu em Paris não vai acontecer aqui, nunca. Aprendi a lição. Deixei que as emoções me dominassem e isso não sou eu. Nunca mais vai acontecer. Tenho de confiar em mim mesma e ir atrás dos meus golpes. Vou entrar em campo no sábado para lutar por cada ponto como se fosse o último da minha vida”, explicou Sabalenka depois da meia-final.
“Regressar de Wimbledon assim é muito especial para mim. Sinto que trabalhei muito para tentar dar a volta por cima. Hoje [quinta-feira] é um dia muito especial. Jogar aqui é muito especial. Tenho vivido os melhores momentos da minha vida aqui. Desde o início, tentei motivar-me. Estou muito entusiasmada por estar na final do US Open. É realmente especial. Vou simplesmente tentar fazer tudo bem e preparar-me da melhor forma para estar no melhor estado mental e físico possível. Sabalena? É a número um do mundo e está a jogar um ténis incrível. Vai ser uma batalha. Sempre que jogámos, foi ótimo. Tivemos jogos muito, muito duros. Acho que o mais marcante foi provavelmente o de Wimbledon. Foi um jogo muito renhido, como quase sempre que jogo contra ela. Acho que esse foi o mais especial para mim”, antecipou Anisimova.
Aryna Sabalenka will look to repeat.
Amanda Anisimova will look to win her home Grand Slam.
Here we go. pic.twitter.com/h6UHPrZ7gJ
— US Open Tennis (@usopen) September 5, 2025
Com o teto do Arthur Ashe Stadium coberto, devido a uma tempestade que tomou conta de Nova Iorque este sábado, Anisimova começou por ameaçar com três breaks no serviço inaugural, mas Sabalenka fez mesmo o 1-0. No serviço, a norte-americana começou a apresentar-se nova e permitiu que a bielorrussa a quebrasse, mas respondeu de pronto (2-1). A partir daí, a tendência da partida inverteu-se, com Amanda a conseguir novo break e a passar para a frente da final na quinta partida (2-3). As jogadoras continuaram a trocar serviços, até Aryna chegar ao 4-3 no seu serviço. No oitavo jogo, a número um do mundo beneficiou de mais dois breaks servindo, de seguida, para fechar o primeiro parcial (5-3). Com um jogo tranquilo, Sabalenka fez mesmo o 6-3 final no primeiro de dois set points.
O segundo set começou na mesma toada, com Amanda Anisimova a cometer duplas-faltas no seu serviço mas, depois de ter superado três 40-40, lá conseguiu fechar, seguindo-se um jogo em branco de Aryna Sabalenka no serviço (1-1). Sabalenka continuou em grande, a jogar em todo o court, e estendeu o seu domínio com o primeiro ponto de break do segundo parcial (2-1). Contudo, ao contrário do primeiro set, a bielorrussa protegeu da melhor forma a sua vantagem perante uma Animisova bloqueada psicologicamente (3-1). A americana acabou por reentrar na partida e empatou com um jogo em branco no serviço de Sabalenka, que respondeu da mesma forma (4-3). O título ficou mais perto no jogo de serviço (5-3), embora Anisimova se tenha segurado, com dificuldades (5-4). A norte-americana manteve o ímpeto com um 0-30, mas Sabalenka respondeu com um ás, falhando, depois, um smash junto à rede. No derradeiro ponto, Amanda não perdoou e conquistou o break (5-5).
De novo a servir e a jogar com um forte apoio dos 20 mil espectadores, Anisimova começou a encostar Sabalenka ao fundo do court e fechou o seu jogo de serviço depois de uma resposta para fora da adversária (5-6). A servir para evitar o empate na final, Aryna atirou a partida para o tie-break, onde se tem mostrado irrepreensível, chegando a esta final com 20 vitórias e uma derrota nesse momento do jogo (6-6). Os primeiros três jogos foram dominados pelos serviços, até Sabalenka conseguir o mini break no quarto e quinto jogos, com Anisimova a falhar os primeiros serviços e a cometer uma dupla-falta. Depois da mudança de campo, a bielorrussa continuou irrepreensível no serviço e colocou com cinco Championship points. Três pontos foram suficientes para Aryna Sabalenka derrotar Amanda Anisimova e reconquistar o US Open (7-6,3).
ARYNA SABALENKA CLINCHES HER FOURTH GRAND SLAM TITLE! ???????????????? pic.twitter.com/r2Yo8kcfAX
— US Open Tennis (@usopen) September 6, 2025