Duas das vítimas mortais são uma mãe e o seu filho de três meses cujos corpos foram retirados dos escombros pelas equipas de resgate, anunciou o chefe da administração municipal de Kiev, Tymur Tkachenko.
Este “foi o maior ataque russo com drones desde o início” da invasão em larga escala da Ucrânia, afirmou por sua vez o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, em declarações à agência Associated Press.
Na sequência deste ataque, um incêndio deflagrou no último andar de um edifício administrativo no distrito de Pechersk, onde se encontram os edifícios governamentais, incluindo os gabinetes dos ministros.Até à data, a Rússia evitou atingir edifícios governamentais no centro da capital da Ucrânia.
“Pela primeira vez, um edifício governamental foi danificado por um ataque inimigo, incluindo o telhado e os andares superiores”, disse a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, adiantando que o edifício “será restaurado, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas”.
Além disso, destroços de drones russos atingiram edifícios residenciais de quatro andares nos distritos de Sviatoshynskyi e Darnytskyi, em Kiev, de acordo com o presidente da Câmara, Vytaly Klitschko. Quase todos os drones foram abatidos
Este ataque de grandes dimensões foi o segundo com drones e mísseis russos a atingir Kiev num período de duas semanas, numa altura em que as esperanças de conversações de paz diminuem a cada dia.
Segundo a Força Aérea, a Ucrânia conseguiu abater e neutralizar 747 drones e quatro mísseis, mas houve nove impactos de mísseis e 56 ataques com drones em 37 locais de todo o país, tendo os detritos das armas caído em oito áreas.
O ataque aconteceu depois de os líderes europeus terem pressionado o presidente russo, Vladimir Putin, para negociar o fim da guerra, com 26 aliados da Ucrânia a prometerem enviar tropas como “força de segurança” para o país invadido assim que os combates terminarem.
No sábado, Zelensky rejeitou a proposta de Putin, para um encontro presencial em Moscovo, afirmando que o líder russo “pode ir a Kiev” se quiser realmente construir pontes e negociar o fim da guerra.
c/ Lusa