Um porta-voz do comando sub-regional das Beiras e Serra da Estrela da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) confirmou que o fogo foi declarado como dominado por volta das 05:00.



A mesma fonte sublinhou que o incêndio foi dominado “graças ao trabalho dos bombeiros, dos operacionais no terreno”, mas admitiu que a chegada da chuva ajudou no combate às chamas.


Por volta das 23:00 de sábado, o mesmo comando sub-regional já tinha dito à Lusa que o combate ao incêndio estava “a decorrer favoravelmente” porque “os meios que estão a trabalhar estão a conseguir travar as frentes de incêndio que existem”.


O operacional frisou que a meteorologia também estava a ajudar, com a diminuição da intensidade do vento e o aumento da humidade relativa.


Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Seia, Luciano Ribeiro, referiu que a ativação do plano municipal de emergência de proteção civil, que está previsto vigorar até às 23:59 de segunda-feira, permitiu que houvesse mais meios, públicos e privados, ao serviço das populações.


“A ideia é podermos manter-nos vigilantes de forma ativa e poder ter os meios que compete ao município disponibilizar, tê-los à disposição quer do comando, quer das populações”, referiu o autarca.


Sobre eventuais prejuízos, Luciano Ribeiro adiantou que a autarquia já está a fazer um levantamento, depois de o incêndio ter percorrido várias localidades e zonas industriais e ter destruído “uma casa devoluta, que já não estava em condições de habitabilidade”, e alguns anexos agrícolas.



O autarca de Seia salientou ainda que o incêndio foi sendo combatido com “os meios que foram chegando” e com a iniciativa das populações.


“Foi muito intenso durante a tarde, foi mesmo caótico”, descreveu, fazendo referência a “vento forte, com fortes rajadas, muitas vezes sem uma orientação precisa”.


PJ detém suspeito da autoria dos dois fogos em Seia

A Polícia Judiciária anunciou este domingo a detenção do presumível autor dos dois incêndios florestais que ocorreram no sábado no concelho de Seia, distrito da Guarda.


Segundo a PJ, o suspeito foi detido no sábado, fora de flagrante delito, em colaboração com a GNR de Seia.

Já no sábado a GNR tinha anunciado ter retido o suspeito no Posto Territorial da GNR de Seia, mas a detenção seria da competência da PJ por se poder tratar de crime doloso de incêndio florestal.

“Os incêndios terão sido ateados com recurso a chama direta, em contexto de uma alegada contenda entre o suspeito e um vizinho, um perto de uma casa de habitação e o outro em formações vegetais espontâneas, em local favorável à sua propagação”, lê-se na nota da PJ.


c/ Lusa