Miguel Oliveira alcançou este domingo, na Catalunha, o melhor resultado de sempre na temporada, com um 9.º lugar, depois de ter partido de 16.º, na corrida ganha por Alex Márquez.

«Sim, foi uma boa corrida, muito suada, porque as condições hoje eram difíceis, acho que ainda piores do que ontem a nível de aderência. O arranque, infelizmente, foi pior do ontem [na sprint]. Tentei fazer a mesma estratégia de estar um bocadinho por fora na curva 1, mas assim que há algum efeito dominó por dentro, o piloto que está de fora, que foi o meu caso, acaba por sofrer mais», começou por explicar à Sport TV.

«Depois tentei usufruir de algumas batalhas, fiz umas ultrapassagens. Era preciso hoje manter muita calma, tentar não exagerar muito com o que se pedia do pneu, não deixar muita energia pelo asfalto à saída das curvas. Batalhei muito tempo com o Jorge Martin, muita pressão, depois há um certo momento com o Mir, muito próximo de mim, mas consegui manter uma boa distância. No final, dei aquilo que tentei salvar do pneu para me chegar um bocadinho mais ao grupo que estava à minha frente. Mas bem, contente com a corrida dentro do objetivo», explicou também.

Miguel repetiu o resultado de há 3 anos – o mesmo 9.º lugar depois de partir em 16.º – e até já venceu no circuito em 2021, mas recusou que este resultado tenha sido uma mensagem para a equipa: afinal ficou a saber-se esta semana que é Jack Miller quem fica e o português ficará sem equipa para o próximo ano.

«Eu não quero passar mensagem nenhuma, trato um bocadinho estes momentos, os dissabores, estes momentos com sabor [positivo] quase da mesma forma, não tenciono de alguma maneira a mostrar nada a ninguém. Eu corro por mim, em primeiro lugar, porque é a minha paixão e divirto-me a fazer isto. Se puder deixar alguém orgulhoso, neste caso a minha equipa, que está mais próxima de mim aqui, e depois a minha família, fico feliz com isso», esclareceu.

Agora com melhor conhecimento da moto, podem continuar os bons resultados? «Sim, esta foi a análise que tentei fazer desde fora e tentar fazer uma crítica construtiva a mim mesmo. Acredito mesmo que essa terceira fase era a fase de começar a capitalizar alguns bons resultados. A verdade é que, apesar de me terem faltado duas décimas para entrar na Q2 e ainda menos para entrar no Top 10 na sexta-feira, temos de começar a tentar trabalhar numa estratégia para que na sexta-feira consigamos estar já dentro do Top 10 e facilitar a minha vida depois no domingo.»

E quando é que podemos saber alguma coisa sobre o futuro? «Não hoje», sorriu.