
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 330 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com depressão e que a pandemia da COVID-19 elevou em 25% os casos de ansiedade e depressão já no primeiro ano. Apesar da gravidade, cerca de 75% das pessoas em países de baixa e média renda não recebem tratamento adequado. Diante desse cenário, o psicólogo Heitor Dias Antunes Pereira, do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), alerta: “Não é fraqueza pedir ajuda. Reconhecer os sinais é um passo importante de cuidado com a própria vida.”
Muitas vezes, sinais sutis no dia a dia podem indicar que nossa saúde mental precisa de mais atenção. Dificuldade de se concentrar, cansaço que não passa, mudanças no sono ou no apetite são exemplos que, segundo Heitor, merecem cuidado. “Esses sinais mostram que precisamos de um cuidado maior com a nossa saúde mental”, reforça.
Entre os sintomas mais comuns estão a sensação de sobrecarga, alterações de humor e insônia.“Pensar que é só uma fase pode trazer ainda mais sofrimento. Quando ignoramos esses sinais, eles tendem a se intensificar”, explica o psicólogo.
Segundo ele, buscar apoio psicológico logo no início pode evitar complicações futuras.“A psicoterapia ajuda a resgatar o equilíbrio, melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações mais sérias”.
Entre os transtornos frequentemente relacionados a esses sinais estão ansiedade, depressão e burnout. “Por isso é tão importante não normalizar esses sintomas. Procurar acompanhamento psicológico é um passo essencial para cuidar da saúde mental e da vida”, conclui.
Se você se identificou com algum desses sinais, não espere piorar. Procurar ajuda é um gesto de coragem e cuidar da mente é também cuidar da vida.