No início de 2024, a polícia já tinha oferecido uma recompensa de 80 mil dólares (cerca de 68 mil euros) por informações que permitissem o regresso em segurança das crianças desaparecidas. A recompensa só esteve disponível durante duas semanas, funcionando como um pretenso método de aliciar quem pudesse estar a ajudar este pai com comida, roupas e até abrigo para ele e os filhos, mas não conduziu a nenhuma nova descoberta.
Por esta altura, a polícia já emitira mandados de captura contra Philips, não só tendo em conta o rapto dos filhos, mas também por roubo agravado e posse ilegal de arma de fogo. Em novembro de 2023 tinha sido identificado como o principal suspeito de ter roubado uma moto-quatro para de seguida arrombar uma loja. Mais uma vez tudo aconteceu numa localidade em Waikato.
Missing Marokopa man Tom Phillips has allegedly stolen a quad bike from a rural Waikato property and then broken into a shop with one of his children. #nz #nznews pic.twitter.com/Izg28a2tvn
— nzherald (@nzherald) November 14, 2023
As imagens de videovigilância mostram não só Tom, mas também um dos seus filhos, a participar nos crimes de roubo com recurso a violência. Os dois acabaram depois por fugir na moto roubada, que se presume que seja a mesma que esta segunda-feira estava a ser usada na tentativa de fuga do homem que, após quatro anos de estar foragido, foi abatido pela polícia.
O desfecho desta longa história não era o ambicionado por aqueles que estavam envolvidos nas operações de busca das crianças, nem sequer pelos familiares que há tantos anos aguardavam os regresso dos três irmãos a casa, sabendo-se que estariam vivos graças aos avistamentos reportados pelas autoridades e populares.
Foi a própria mãe das três crianças, conhecida por Cat, a lamentar “a forma como os acontecimentos se desenrolaram” em relação ao antigo companheiro, Tom Phillips. “A nossa esperança sempre foi que as crianças pudessem ser devolvidas de uma forma pacífica e segura para todos os envolvidos”, disse, citada pela Radio New Zealand.
Não deixou, no entanto, de falar em nome de toda a família para notar o quão todos estão “profundamente aliviados pelo facto de esta provação ter chegado ao fim“. “Sentimos a falta deles todos os dias durante quase quatro anos e estamos ansiosos por os receber em casa com amor e carinho”, acrescentou.
Para a proteção dos menores, a polícia neozelandesa não divulgou para já para onde foram levados, mas disse que serão sujeitos a exames médicos físicos e psicológicos antes de serem colocados de novo à guarda da mãe.