Uma praia movimentada em Maiorca foi evacuada após uma turista italiana de 85 anos sair da água com uma ferida grave na perna, alegadamente provocada por um animal marinho. A mulher foi vista com sangue a escorrer da perna esquerda, tendo parte da pele arrancada, mas sem lesão muscular, evidenciando a gravidade do episódio ocorrido na Playa de Palma, junto ao Balneario 6, cerca das 11h30 da manhã.
Nadadores-salvadores levantaram de imediato a bandeira vermelha e, com recurso a alto-falantes em inglês, ordenaram a todos que saíssem do mar. A área ficou interditada ao banho durante aproximadamente uma hora enquanto as autoridades vasculhavam a zona com jet skis em busca do animal responsável pelo ataque. Restaurado o sinal verde, a praia voltou a ser frequentada com tranquilidade.
Embora não tenha sido encontrado nenhum tubarão, mantas ou peixe provocador da ferida, especialistas marítimos especulam sobre o culpado: Aniol Esteban, diretor-geral de pescas e biólogo marinho, indicou que a ferida tem características compatíveis com a de um peixe-agulha (triggerfish), e não de um tubarão azul ou raia. Este tipo de peixe — óvalo, colorido e com bico forte para partir conchas — já tem expandido a sua presença nas áreas arenosas de Maiorca e Nordeste da Espanha.
Apesar de casos com tubarões azuis terem sido identificados anteriormente em zonas da Costa Blanca ou Costa del Sol — como em 2016, em Elche, e em 2023, em Orihuela Costa — o incidente atual não corresponde ao perfil típico de ataque de tubarão. Neste último caso, o animal encontrado foi um tubarão azul de cerca de dois metros, que provocou pânico nas praias locais, obrigando à evacuação das águas.
Este incidente em Maiorca insere-se numa crescente tendência de ataques ou agressões provocadas por espécies marinhas mais pequenas, possivelmente influenciada pelo aquecimento das águas e alterações ambientais. Apesar de a situação ter gerado medo entre os veraneantes, a resposta rápida das equipas de vigilância impediu males maiores.
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