Jake E. Lee tocou com Ozzy Osbourne entre 1982 e 1987, até ser demitido por decisão de Sharon Osbourne, esposa e empresária do vocalista. Segundo o próprio Madman, o desligamento do guitarrista aconteceu por influência do baterista Randy Castillo, que teria colocado um contra o outro.
Fato é que, a partir disso, Ozzy e Jake cortaram qualquer contato e passaram décadas sem se ver. Isso só mudou na despedida do Príncipe das Trevas e do Black Sabbath dos palcos.
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Lee esteve entre as atrações do Back to the Beginning, ocorrido no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra, no último dia 5 de julho. Depois de tanto tempo, o músico teve a oportunidade de conversar novamente com o casal Osbourne nos bastidores.
Durante recente entrevista à Guitar World, como compartilhado pela Ultimate Guitar, o músico relatou em detalhes o grande reencontro. Destacando que não guardava qualquer ressentimento e que não sabia o que esperar do momento, ele relembrou:
“Consegui falar pessoalmente com Ozzy. Teve uma grande sessão de fotos alguns dias antes do show e eu conversei com a Sharon, que me levou até o Ozzy. Não há ressentimentos e nunca houve da minha parte. Negócios são negócios. Não acho que eles tenham feito qualquer coisa para me prejudicar. Eu não sabia como eles agiriam, mas foram incríveis, amigáveis, abertos, receptivos e carinhosos. Eu não os via há décadas, e depois do show, no voo de volta, recebi uma mensagem do Ozzy.”
Como já relatado, a mensagem em questão indicava uma tentativa de reaproximação por parte de Ozzy e dizia:
“Oi Jake, me desculpe por não ter podido passar mais tempo com você no fim de semana, mas foi realmente caótico. Eu realmente gostaria de vê-lo quando eu voltar para L.A., só para esclarecer as coisas. Faz tanto tempo desde que nos vimos, onde você tem vivido ultimamente? Porque a última coisa que ouvi foi que você estava vivendo em Las Vegas. Como foi o show para você no sábado? Espero mesmo que tenha se divertido. De qualquer forma, te mando uma mensagem quando voltar a L.A., precisamos nos encontrar. Muito amor e respeito, Ozzy.”
Para Jake, todo contexto trouxe um “fechamento” de ciclo. Isso porque ele se sentia chateado pelo distanciamento entre ele e Osbourne — e sempre esperou a chance de retomar o contato com o cantor.
“Isso trouxe um certo fechamento. Por anos, pensava: ‘espero conseguir ver o Ozzy mais uma vez’. Eu teria odiado que a última vez que falei com ele tivesse sido em 1987. Queria dizer a ele que sou grato pela oportunidade que ele me deu.”
A declaração reforça o mesmo argumento apresentado por Jake anteriormente. Conversando com a Guitarist, o guitarrista já havia explicado:
“Eu sempre quis me reconectar com ele, de alguma forma. Não necessariamente musicalmente, mas isso teria sido bom. Eu não queria que tudo terminasse com a minha demissão e a sensação de rancor. Eu nunca levei isso para o lado pessoal… Fui meio que prejudicado no álbum ‘Bark at the Moon’. Mas eu sabia que era uma decisão de negócios e que não tinha a ver com me ferrar de propósito.”
Jake. E Lee no Back to the Beginning
Dentre os convidados da despedida do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne, esteve Jake E. Lee. Atualmente longe dos holofotes e enfrentando problemas de saúde, o guitarrista marcou presença no Back to the Beginning, festival idealizado para a ocasião e realizado no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra, no último dia 5 de julho.
O músico integrou um supergrupo completado por Lzzy Hale (Halestorm, vocais), David Draiman (Disturbed, vocais), Nuno Bettencourt (Extreme, guitarra), David Ellefson (ex-Megadeth, baixo), Mike Bordin (Faith no More, ex-Ozzy Osbourne, bateria) e Adam Wakeman (músico de apoio de Ozzy e do Black Sabbath, teclados). Com certas variações na formação, tocaram “The Ultimate Sin” (com Lzzy cantando) e “Shot in the Dark” (com Draiman no vocal).
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