O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma variação de 2,8% em Agosto, confirmando-se uma subida pelo quinto mês consecutivo. Os dados definitivos divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a variação mensal ficou 0,2 pontos percentuais acima da do mês anterior.

A variação média dos últimos doze meses foi 2,4%, em ligeira aceleração face aos 2,3% no mês anterior.

​O indicador de inflação subjacente, índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação de 2,4% (2,5% em Julho), “verificando-se, assim, uma desaceleração nas categorias de produtos com menor variação de preços”, destaca o INE.

O aumento dos preços dos bens alimentares, que acontece há sete meses consecutivos, é o principal responsável pela variação em alta do índice, num mês em que os combustíveis voltaram a descer.

Face a Agosto de 2024, o “ índice referente aos produtos alimentares não transformados voltou a acelerar pelo sétimo mês consecutivo, para 7,0% (6,1% em Julho)”, enquanto, em sentido contrário, a variação dos combustíveis foi negativa: “A variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se em -0,2% (-1,1% no mês anterior).”

Para a variação homóloga do IPC, e para além dos bens alimentares, contribuíram ainda a classe das bebidas não alcoólicas e a dos restaurantes e hotéis. Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado.

Já face ao mês anterior, por classes de despesa, “são de destacar os aumentos das taxas de variação homóloga do vestuário e calçado e das comunicações, com variações de -1,4% e -0,6% respectivamente (-2,0% e -1,0% em Julho)”, e, “em sentido oposto, destaca-se a diminuição da taxa de variação homóloga da classe das bebidas alcoólicas e tabaco, com uma variação de 0,9% (1,7% no mês anterior)”.

Acima da zona euro

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 2,5% (valor idêntico no mês anterior) e superior em 0,4 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do euro (em Julho, a diferença fixou-se em 0,5 pontos percentuais).

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, as categorias mais voláteis, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,3% em Agosto (2,4% em Julho), taxa idêntica à estimada para a área do euro.

Em cadeia, o IHPC registou uma variação de -0,1% (-0,3% no mês anterior e -0,1% em Agosto de 2024) e uma variação média dos últimos doze meses de 2,4% (2,3% no mês precedente).