Nos últimos anos, várias histórias paralelas de “Dexter” chegaram à televisão. Foi o caso de “New Blood” e “Original Sin”. Pois bem, para quem gosta do serial killer mais fofinho da televisão, esta sexta-feira, 12 de setembro, estreia em Portugal uma nova série da saga, disponível na plataforma SkyShowtime. Michael C. Hall volta a interpretar o icónico serial killer criado em 2006, papel que lhe valeu quatro Emmys.
Em “Ressurreição”, a narrativa retoma algumas semanas depois de Dexter ter sido alvejado no peito pelo próprio filho. Ao sair do coma, descobre que Harrison, interpretado por Jack Alcott, desapareceu sem deixar rasto.
Consciente do trauma que provocou ao filho, Dexter segue para Nova Iorque com o objetivo de o encontrar e reparar os erros do passado. “Mas não será fácil. Quando o Angel Batista (David Zayas), da Miami Metro, aparece com perguntas, Dexter percebe que o seu passado o está a alcançar a passos largos”, avança a sinopse.
Pai e filho vão cruzar-se com o lado mais sombrio da cidade que nunca dorme. À medida que se reencontram, percebem que os seus destinos estão mais ligados do que esperavam e que só têm hipótese de seguir em frente se se mantiverem juntos.
Michael C. Hall, de 54 anos, explicou à “Deadline” porque regressou inevitavelmente à saga, além de ter participado na prequela “Original Sin”, de 2024. “É como o Pacino e a máfia. Há sempre algo que nos puxa de volta para estes trabalhos”, brincou.
“Quanto terminámos a série original e o Dexter se colocou em exílio autoimposto, sabia que provavelmente voltaríamos a visitá-lo em algum momento para descobrir o que é que realmente lhe tinha acontecido. Quando ‘New Blood’ terminou, tive uma sensação mais definitiva de que era mesmo o fim, e acho que o personagem também sentiu isso. Ele pensou que aquele tinha sido um tiro fatal”, recordou.
Durante meses, tentou convencer-se de que a saga tinha terminado. Ainda assim, sempre que falava com os criativos da série — que entretanto se tornaram seus amigos próximos — acabava por sugerir novas ideias para Dexter, cada uma mais improvável que a outra.
“E se ele não tivesse morrido? Quer dizer, ele não foi alvejado na cabeça”, disse-lhes. “É possível que pudesse ter sobrevivido. E se tivesse sobrevivido, como seria isso? Que possibilidades narrativas é que isso nos abriria? Quanto mais pensava nisso, e quanto mais falávamos sobre isso, mais me sentia compelido.”
Os guionistas acabaram por aceitar a proposta e desenharam o plano perfeito para continuar a história: um reencontro entre Dexter e Batista, o investigador que sempre o perseguiu. “Era demasiado tentador para resistir. Pensei: ‘Está bem, vamos arriscar e trazê-lo de volta à vida. Vamos a isso.’”
A decisão parece ter resultado. Nos Estados Unidos, “Dexter: Ressurreição” estreou a 11 de julho e recebeu elogios da crítica. Atualmente soma 95 por cento no agregador Rotten Tomatoes.
“É, milagrosamente, como entrar numa máquina do tempo de volta aos primeiros dias de Dexter, quando era subtilmente engraçado e tinha um controlo firme da sua narrativa”, escreveu a “New York Magazine”.
“A narrativa é tão entrelaçada e complicada como uma cadeia de ADN, e depende da aceitação de várias grandes coincidências — mas resulta. Dexter está de volta, e Michael C. Hall está melhor do que nunca”, garantiu a “NPR”.
Ainda assim, nem todas as críticas foram positivas. A “Variety” descreveu a série como uma “fanfiction de maior orçamento”. Já o site “Salon” considerou que “toda a premissa encontra a saga à parede”. “Uma série como esta vive do conflito, e agora há muito menos conflito em jogo, já que não temos realmente de nos preocupar com a possibilidade de Dexter morrer outra vez.”
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