Drones do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) atingiram o maior porto de carregamento de petróleo da Rússia no Mar Báltico, o Primorsk, na manhã desta sexta-feira, confirmou fonte do SBU ao ‘Kyiv Post’. Primorsk é o destino final do sistema de oleodutos do Báltico e um centro crucial para o carregamento da “frota paralela” da Rússia, que Moscovo usa para escapar de sanções internacionais e vender petróleo em mercados estrangeiros.

O porto movimenta cerca de 60 milhões de toneladas de petróleo anualmente, gerando cerca de 15 mil milhões de dólares em receita para a Rússia.

Como resultado do ataque, ocorreram incêndios num navio atracado no porto e na estação de bombeamento, o que forçou à suspensão dos embarques de petróleo, relatou a fonte – as perdas diárias estimadas para o orçamento do Kremlin pode chegar aos 41 milhões de dólares por dia.

O SBU também teve como alvo várias estações de bombeamento de petróleo russas – NPS-3, NPS Andreapol e NPS-7 – componentes-chave do principal sistema de oleoduto que fornece petróleo bruto ao terminal Ust-Luga. “O SBU foi o primeiro a introduzir sistematicamente as chamadas sanções a drones contra a indústria petrolífera russa. Como a economia russa depende do petróleo, cada ataque desse tipo prejudica a sua capacidade de travar uma guerra contra o nosso Estado”, referiu a SBU. “Essas sanções durarão até que uma paz justa chegue à Ucrânia.”

O ‘Kyiv Post’ relatou também que a Rússia sofreu um dos maiores ataques de drones da guerra durante a noite, alegando ter derrubado 221 drones ucranianos em diversas regiões: fora relatadas explosões nas regiões de Leningrado, Bryansk, Kursk e Moscovo, com moradores de São Petersburgo a descreverem o ataque como um dos mais massivos desde o início da invasão em larga escala.