A professora Maria Paula de Jesus Correa comenta o livro de Conceição Evaristo que escreve sobre a memória, a ancestralidade, o racismo, a desigualdade, a discriminação de gênero e de classe, e sobre os saberes afro-brasileiros

A pesquisadora Maria Paula de Jesus Correa, doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, comenta no vídeo abaixo a obra Canção para ninar menino grande, da escritora, ficcionista e ensaísta Conceição Evaristo. O livro é leitura obrigatória para o vestibular da Fuvest e articula, desde o início do romance, a ideia de escrevivência. “Escrevivência é um termo – hoje, um conceito e um método – criado por Conceição, que aponta o ato de escrita de mulheres negras com o objetivo de retomar a voz das escravizadas que foram silenciadas pelos escravocratas para contar a história de negras e negros no Brasil”, explica a pesquisadora Maria Paula.

O livro é o quinto romance da autora e foi publicado em 2018. Sua 2ª edição foi lançada quatro anos depois, em novembro de 2022. A obra conta a história de um homem negro e de oito mulheres – nem todas elas negras – dentro de uma sociedade estruturalmente racista, que desumaniza pessoas afrodescendentes sequestrando-lhes as subjetividades.

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Leia também a matéria “Canção para ninar menino grande” explora construção da sociedade patriarcal brasileira publicada no Jornal da USP neste link.