O número de casos de Covid-19 voltou a subir no Rio de Janeiro neste início de setembro. Apesar da alta, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que não há risco de uma nova onda da doença, graças à alta cobertura vacinal da população.

O cenário preocupa especialmente por ocorrer durante o inverno, período em que aumentam os registros de síndromes respiratórias. Segundo o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, o crescimento dos casos segue dentro do esperado e não representa risco de colapso. Hoje, não há pacientes internados por Covid-19 na rede municipal, mas o reforço da vacinação e a testagem seguem fundamentais para controlar a circulação do vírus.

Os casos estão aumentando?

Segundo Soranz, o crescimento atual está relacionado ao período do inverno, quando todas as doenças respiratórias tendem a se espalhar mais. “Todo inverno a gente tem um aumento de número de casos. Felizmente, a população carioca está vacinada: 98% têm duas doses e 80% tomaram reforço. Não há risco de uma grande epidemia”, disse Soranz ao Voz das Comunidades.

Secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

Há pacientes internados por Covid?

Não. Segundo a Secretaria de Saúde, neste momento não há pacientes internados ou aguardando leitos por Covid-19 no Rio.

Quem precisa se vacinar agora?

A vacina atualizada contra a variante JN.1 está disponível para pessoas acima de 60 anos ou com imunossupressão.“Mesmo que a JN.1 não seja a variante que circula agora, ela pode voltar. Então, idosos e imunossuprimidos devem procurar uma unidade de saúde para se vacinar”, explicou Soranz.

Quais os sintomas mais comuns hoje?

A Covid-19 pode se confundir com uma gripe. Os principais sinais são:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dor no corpo;
  • Coriza;
  • Perda de paladar ou olfato.

Soranz reforça: “Sentiu sintomas? Procure uma unidade de saúde e faça o teste para evitar a transmissão. Quem está vacinado, em geral, tem sintomas leves que duram de cinco a sete dias.”

O que dizem os moradores que tiveram Covid recentemente?

A auxiliar de serviços gerais da UPA do Alemão, Pâmela Araújo, 41 anos, de Santa Cruz da Serra, testou positivo em agosto e conta que as dores musculares e a febre a levaram investigar a saúde. “Foi como uma gripe: febre, dor no corpo e coriza. O que me levou ao médico foi a dor forte no corpo. Fiz o teste e deu positivo. Graças a Deus foi leve, porque tenho todas as vacinas em dia. Se não tivesse, poderia ter sido bem mais pesado”, contou.

Pâmela Araújo. (Foto: Vilma Ribeiro/Voz das Comunidades)

E além da Covid, quais vacinas são importantes agora?

O secretário aproveitou para reforçar:

  • Gripe (influenza): recomendada para todas as faixas etárias;
  • Hepatite A: disponível para crianças, pessoas que tomam PrEP e quem tem múltiplos parceiros sexuais;
  • Hepatite B: disponível para todos a partir de 6 meses de idade;
  • HPV: para jovens de 9 a 19 anos.