Dores nas pernas, inchaço repentino e mudanças de cor na pele podem ser os primeiros sinais de uma ameaça que, muitas vezes, avança em silêncio: a trombose venosa profunda (TVP). A doença, que ocorre quando coágulos se formam nas veias profundas – geralmente nas pernas – e impedem a circulação normal do sangue, preocupa autoridades de saúde em todo o mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de pessoas sofrem com o problema a cada ano, e as complicações podem ser fatais quando o coágulo se desloca e provoca embolia pulmonar. No Brasil, estima-se entre 180 mil e 300 mil casos anuais, número que pode ser maior, já que a coleta de dados epidemiológicos ainda é falha.
Na próxim 3ª feira (16/09/2025), é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose ( Lei nº 12.629/2012 ) busca ampliar a consciência da população para a prevenção e o diagnóstico precoce. O alerta se justifica: a trombose figura entre as principais causas de morte evitável em hospitais, além de provocar internações prolongadas e sequelas que comprometem a qualidade de vida.
Fatores de risco e causas
De acordo com o cirurgião vascular Dr. Ivan Benaduce Casella, diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), vários fatores favorecem a formação de coágulos. Predisposição genética, cirurgias, câncer, idade avançada, uso não orientado de anticoncepcionais e o envelhecimento populacional estão entre os principais.
A rotina sedentária e a imobilidade prolongada, comuns em longas viagens ou no trabalho, aumentam ainda mais a probabilidade da doença. Em climas secos, a desidratação contribui para que o sangue se torne mais espesso, dificultando a circulação.
O tratamento mais usado na rede pública ainda é a varfarina, que exige acompanhamento rigoroso e ajustes frequentes de dose. Embora novas classes de anticoagulantes orais estejam disponíveis no mercado, sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) avança lentamente. Em casos graves, quando há risco imediato, podem ser necessárias cirurgias para a remoção do coágulo.
Prevenção e diagnóstico precoce
Especialistas reforçam que a prevenção é o melhor caminho. Hidratação constante, prática regular de atividade física, controle do peso e pausas para movimentação durante longos períodos sentado são atitudes simples que reduzem o risco. Para pessoas com histórico familiar ou maior vulnerabilidade, acompanhamento médico periódico é indispensável. A detecção precoce, entretanto, nem sempre é fácil, já que a doença pode evoluir sem sintomas claros.
A trombose é uma ameaça real, mas evitável. A mensagem do Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose é direta: conhecer os sinais e adotar hábitos saudáveis salva vidas.
Fatores de Risco e Causas
- Genética: Pessoas com histórico familiar de trombose ou distúrbios de coagulação têm maior predisposição.
- Estilo de Vida: Fatores como tabagismo, obesidade e sedentarismo aumentam o risco de formação de coágulos.
- Imobilidade Prolongada: Ficar acamado ou sentar-se por longos períodos pode diminuir o fluxo sanguíneo nas pernas, favorecendo a trombose.
- Gravidez e Pós-parto: As mudanças hormonais e o aumento da pressão sobre as veias durante a gravidez e no período pós-parto aumentam o risco.
- Cirurgias: Intervenções cirúrgicas, especialmente nas pernas, podem lesar os vasos e aumentar a probabilidade de coágulos.
- Uso de Certos Medicamentos: lguns anticoncepcionais e terapias hormonais são associados ao aumento do risco.
É uma entidade sem fins lucrativos, regional oficial da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) no estado de São Paulo. A entidade representa os médicos que atuam nas especialidades de Angiologia e de Cirurgia Vascular, nas áreas de atuação de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia, Ecografia Vascular e outras áreas afins às especialidades.
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