Super Mario Bros., o primeiro jogo da saga do canalizador, saiu no Japão a 13 de setembro de 1985. Contudo, não é o primeiro jogo com Mario, antes houve Mario Bros., em 1983, um jogo de plataformas para as arcadas em que Mario não era Super. E, claro, Donkey Kong, em 1981, também nas arcadas, em que ainda não havia o nome Mario, muito menos o prefixo Super — a personagem era apenas conhecida como “Jumpman”. A mascote de bigode, chapéu vermelho e fato-macaco teve outras vidas antes do seu criador, Shigeru Miyamoto, lhe dar a forma que hoje conhecemos.

A ideia é simples, demasiado simples. E, até hoje, continua basicamente igual. Super Mario Bros. é um jogo de plataformas em que Mario, o protagonista, tem de salvar o Mushroom Kingdom, que no início de cada jogo, desde então, é atacado por Bowser, que faz sempre questão de raptar a Princesa Peach (no jogo original era conhecida como Princesa Toadstool). Em Super Mario Bros. havia também Luigi, irmão de Mario, a primeira de muitas personagens que juntaram ao protagonista ao longo de quarenta anos para permitir que os jogos fossem jogados com duas ou mais pessoas.

Mario era um humano numa terra fantástica. Um canalizador italo-americano de Nova Iorque que chega ao Mushroom Kingdom através de um cano de esgoto. É o humano que tem de salvar uma terra de fantasia de Bowser e os seus súbditos, que envolvem criaturas com nomes como Goombas e Koopas, plantas piranha e uma série de outras maldades que foram aparecendo e evoluindo ao longo de quarenta anos. Para salvar a Princesa, Mario vai percorrendo diferentes zonas do reino, cada uma composta por níveis distintos e, no final de cada zona, depois de vencer um falso Bowser, é recebido com a seguinte mensagem: “Thank you Mario! But our princess is in another castle!” (“Obrigado Mario! Mas a princesa está noutro castelo“). É uma vitória sempre com sabor a derrota, que nos alimenta a vontade de prosseguir até chegar ao final.

(Um pequeno aparte, em 2008, Braid, um desafiante e admirável jogo de puzzles e plataformas pegava nesta ideia e invertia-a de forma brilhante: a “princesa” nunca está no “castelo” e, no final, percebemos que não foi raptada. Estava, sim, a fugir do protagonista.)