A década de 1990 representou um novo capítulo na história do heavy metal. O gênero, nascido nos anos 1970 com o Black Sabbath, tornou-se mais agressivo, técnico e introspectivo. E, acredite se quiser, também ficou mais acessível — conquistando públicos que antes mantinham distância do som pesado.
Judas Priest – Mais Novidades
Mark S @ www.unsplash.com
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Nesse cenário, surgiram novas vertentes e uma avalanche de lançamentos que, com o tempo, alcançariam o status de clássicos. Mesmo com a popularização de outros estilos, o metal seguiu firme, reinventando-se e mantendo seu poder de impacto. Enquanto alguns decretavam sua morte, riffs se tornavam mais cortantes, e a criatividade transbordava em múltiplas direções.
A seguir, cinco registros lançados entre 1990 e 1999 que sintetizam a força e a diversidade do metal noventista. Pode não ser uma lista definitiva — sempre cabe mais uma pedrada na prateleira —, mas cada título aqui tem lugar garantido na história. Boa leitura!
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“Painkiller” – Judas Priest (1990)
Quando lançou “Painkiller”, o Judas Priest já ocupava lugar de destaque na cena do heavy metal. Mesmo assim, o grupo surpreendeu ao entregar um trabalho que beira o apocalíptico em intensidade.
Vocalizações agudas, guitarras afiadas e uma bateria impiedosa criam uma tempestade sonora que marcou época. Destaque para a faixa-título, “Hell Patrol” e “A Touch of Evil”, que continuam a inflamar plateias mundo afora.
“Metallica” – Metallica (1991)
O quinto registro de estúdio da banda californiana sinalizou uma mudança de rumo. Abandonando a velocidade crua do thrash, o Metallica apostou em estruturas mais cadenciadas e melodias de fácil assimilação.
Com mais de 30 milhões de cópias vendidas, “Metallica” — também conhecido como “Black Album” — levou o gênero a novos patamares de popularidade. Os hits “Enter Sandman”, “The Unforgiven” e “Nothing Else Matters” tornaram-se trilha sonora de uma geração e mostraram que o metal poderia chegar ao mainstream.
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“Vulgar Display of Power” – Pantera (1992)
Guiado pelas guitarras cortantes de Dimebag Darrell e pela bateria brutal de seu irmão, Vinnie Paul, o Pantera atingiu novos níveis de peso e precisão em “Vulgar Display of Power”. O trabalho definiu o groove metal como força dominante nos anos 1990.
“Mouth for War”, “Walk”, “A New Level” e outras porradas formam um conjunto coeso e devastador. A arte da capa já antecipa o impacto: não é exagero dizer que se trata de um soco em forma de som.
“Images and Words” – Dream Theater (1992)
Num período dominado pelo grunge, o Dream Theater apostava na complexidade e na técnica — e ainda aposta. Com seu segundo álbum, apresentou ao mundo uma nova dimensão dentro do metal progressivo.
“Pull Me Under” conquistou espaço nas rádios, enquanto “Another Day” e “Metropolis – Part I: The Miracle and the Sleeper” provaram que virtuosismo e emoção podem caminhar lado a lado. Um marco que inseriu o prog metal no mapa da música pesada.
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“Roots” – Sepultura (1996)
Fechando a lista, “Roots” representa uma das maiores ousadias sonoras do metal brasileiro — e mundial. O Sepultura expandiu seus horizontes ao incorporar ritmos tribais, percussões indígenas e vocalizações viscerais em meio ao peso característico da banda.
“Roots Bloody Roots” abre o disco com brutalidade e identidade, enquanto “Attitude” e “Ratamahatta” mergulham de vez na fusão entre tradição e agressividade. O resultado é um álbum que redefiniu o que era possível dentro do heavy metal — e influenciou muita gente.
Agora que você conhece um pouco mais sobre esses clássicos, que tal ouvir cinco músicas de cada um deles? Acesse a playlist abaixo, aumente o volume e mergulhe de cabeça nessa jornada intensa e nostálgica.
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