Bruce Dickinson não é apenas um dos maiores vocalistas do heavy metal, mas também um verdadeiro estudioso da voz. Em entrevista ao canal The Charismatic Voice, o frontman do Iron Maiden revelou em detalhes como aquece antes dos shows – e surpreendeu ao dizer que a peça central do seu exercício vocal é uma música solo pouco lembrada: “Trumpets of Jericho”, lançada em 1998 no álbum “Chemical Wedding”.
Segundo Dickinson, a faixa é perfeita porque percorre diferentes timbres e desafios técnicos. “Esse é o meu exercício. Ele passa por todas as vogais e saltos vocais”, contou. O vocalista explicou que começa cantando em uma região média, até ficar sem ar. Depois, repete o trecho várias vezes até conseguir sustentar a frase inteira. Só então ele sobe dois ou três intervalos, aumentando gradualmente a dificuldade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – CLI
Ele demonstrou o trecho que utiliza: “At the trumpets of Jericho, still the wall remains / The swords and the stone and the wheel of fortune rises / Oh, temperance and death, yes, and still the wall remains.”
Depois de demonstrar o canto, ele explica: “Quando chego no fim da frase, com sustentação, subo o tom. Às vezes trava rápido, especialmente nos agudos, mas aí eu foco e vou forçando: ‘vamos lá, abre!’”, explicou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – GOO
Para Bruce, a técnica envolve visualizar a cabeça como um “órgão de tubos orgânico”. Cada vogal exige um ajuste diferente, e é isso que torna o exercício tão completo. “Algumas vogais são mais fáceis de cantar que outras, especialmente nos registros mais altos. É como moldar um tubo de órgão de igreja. Você decide qual deles usar.”
Bruce Dickinson e técnica vocal
Apesar da intensidade, ele garante que o aquecimento não dura muito tempo. “Faço três ou quatro minutos, depois paro, tomo água, faço outra coisa e volto. Aí canto de forma explosiva, como vai acontecer no palco. Quando chego nos agudos, boom, solto de uma vez”, disse.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – CLI
O cantor também comentou sobre os riscos de problemas de saúde que podem afetar diretamente seu rendimento. “Se eu pego uma faringite, estou ferrado, porque todo o brilho do agudo some. A inflamação destrói o timbre. Então é fundamental abrir bem a parte de trás da voz.”
O detalhe curioso é que, entre tantos clássicos do Iron Maiden que poderiam servir de base, Bruce escolheu uma faixa solo menos conhecida – mas que, para ele, é perfeita para treinar a potência, o controle e a versatilidade de sua voz. “É a música ideal porque tem todas as vogais e todos os pequenos saltos vocais”, concluiu.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – GOO
Confira a entrevista completa abaixo.
►” src=”https://www.youtube.com/embed/7zy63bs8hEs” width=”560″ height=”315″ allow=”accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture” allowfullscreen loading=”lazy” style=”border:0;”>
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE – CLI