Estão marcadas para este sábado pelo menos sete manifestações em todo o país em protesto contra as alterações à lei laboral propostas pelo Governo, em particular o luto gestacional e na dispensa para amamentação.
As manifestações estão a ser organizadas por uma advogada e uma jurista, conhecidas nas redes sociais pelas páginas ‘Departamento Jurídico’ e ‘Direitos e Politiquices’, respetivamente.
As manifestações contra as alterações à lei laboral realizam-se em simultâneo em várias cidades com o mesmo programa e horário.
Programa:
16:00 – Concentração e chegada das delegações
16:30 – Intervenções de representantes convidados e leitura do manifesto
18:00 – Encerramento.
COIMBRA
Praça 8 de Maio
LEIRIA
Jardim da Almuinha (junto à Estátua da Mãe)
LISBOA
Assembleia da República
PONTA DELGADA
Portas da Cidade
PORTO
Avenida dos Aliados, escadarias da Câmara Municipal
TORRES NOVAS
Praça 5 de Outubro
VIANA DO CASTELO
Anfiteatro da Marinha
Entre as principais reivindicações estão a manutenção do direito à ausência remunerada por luto gestacional, a continuidade da dispensa para amamentação enquanto esta durar, e a proteção do horário flexível como direito parental.
O anteprojeto do Governo para revisão da legislação laboral, que começou na passada quarta-feira a ser debatido com os parceiros sociais, prevê a revisão de “mais de uma centena” de artigos do Código de Trabalho.
As alterações previstas na proposta – designada “Trabalho XXI” e que o Governo apresentou em 24 de julho como uma revisão “profunda” da legislação laboral – visam desde a área da parentalidade (com alterações nas licenças parentais, amamentação e luto gestacional) ao trabalho flexível, formação nas empresas ou período experimental dos contratos de trabalho, prevendo ainda um alargamento dos setores que passam a estar abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.
Na conferência de imprensa realizada após o Conselho de Ministros, a 24 de julho, quando foi aprovado o anteprojeto de reforma, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que o objetivo é flexibilizar regimes laborais “que são muito rígidos”, de modo a aumentar a “competitividade da economia e promover a produtividade das empresas”.