viver até os 100 anos

Mesmo com avanços médicos, longevidade não cresce mais no mesmo ritmo (Foto: Banco de imagens)

Uma nova pesquisa lança um alerta: as gerações nascidas entre 1939 e 2000 têm poucas chances de chegar aos 100 anos. A conclusão surpreende, já que a longevidade vinha aumentando de forma contínua no século 20.

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O estudo, publicado na revista PNAS, analisou dados de 23 países desenvolvidos e mostrou que o avanço no tempo de vida perdeu velocidade, frustrando o sonho de muitos de chegar ao marco centenário.

Segundo os pesquisadores, mesmo em cenários otimistas, nenhuma geração posterior a 1938 deve alcançar, em média, um século de vida. Um dado que coloca em xeque a ideia de viver cada vez mais.

A revelação que preocupa

Em 2018, sete em cada dez franceses disseram querer viver cem anos. Agora, o estudo publicado na PNAS revela que isso não será possível para a maioria: “nossos resultados indicam de forma robusta e consistente uma desaceleração da expectativa de vida por coorte”.

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A frase foi escrita pelos autores da pesquisa, que aplicaram diferentes métodos de cálculo. Todos chegaram à mesma conclusão: o ganho em longevidade caiu drasticamente e não garante o futuro dos centenários.

Antes, a média aumentava 0,46 ano a cada geração. Hoje, esse ritmo desacelerou até pela metade, dependendo do país. Assim, viver cem anos pode continuar sendo uma raridade, não uma tendência.

Por que a vida parou de crescer?

Grande parte dessa mudança se explica pelo limite da mortalidade infantil. Como as taxas já são baixíssimas, não há mais ganhos nessa área, que foi crucial para elevar a média de vida no passado.

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Além disso, não basta apenas comer bem ou ter acesso a hospitais de ponta. O verdadeiro desafio está em retardar os mecanismos do envelhecimento e frear doenças crônicas ainda na juventude.

Para os especialistas, governos também terão de repensar políticas de previdência, saúde pública e bem-estar. Já cada indivíduo precisará rever como cuida da própria saúde e da qualidade de vida.

Os dados que reforçam a tendência

Entre 1971 e 2021, a expectativa de vida global cresceu de 58 para 71 anos, de acordo com o Banco Mundial. Um salto importante, mas que mostra sinais claros de desaceleração neste século.

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Na França, país que lidera em longevidade, a média em 2024 era de 85,6 anos para mulheres e 80 anos para homens. Mesmo assim, chegar aos 100 segue sendo uma exceção.

A boa notícia é que, apesar do cenário, as mulheres francesas devem viver mais anos com saúde. Ainda assim, a conclusão é dura: o século de vida pode nunca ser uma conquista coletiva.

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