A novíssima “Type dangerous” serviu de aperitivo. Foi com seu vocal sexy e comedido que a diva (essa sim, detentora do título) Mariah Carey se apresentou no palco Skyline, para encerar o penúltimo dia de The Town, neste sábado (13), em São Paulo. O jogo engrenou mesmo quando ela se lançou pela saborosa e noventista “Emotions”, fruto do casamento do pop com R&B, cheia de agudos cristalinos que a plateia segurava o ar pra ouvir. E explodia em gritos depois.
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Em “Vision of Love”, ela tomou um tempo a mais para suas acrobacias vocais, um pouco comprometida por um microfone que parecia baixo. De cabelos cacheados em babyliss bem pequenininho, e um cintilante collant com as cores da bandeira do Brasil, a cantora ainda mostrou “Dreamlover” — que ainda é um pop adolescente, mas que ganha potência justamente pela competência vocal de Mariah, que mostra a voz mais aveludada possível (quase um sussurro) para os trechos finais.
The Town 2025: Fotos do segundo dia
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Green Day em show no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira
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Iggy Pop no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Bruce Dickinson no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Pitty no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Bad Religion se apresenta no The Town, em São Paulo — Foto: Maria Isabel Oliveira
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Capital Inicial no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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CPM 22 no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Capital Inicial no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Dinho Ouro Preto comanda o Capital Inicial no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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CPM 22 no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Show do CPM 22 no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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CPM 22 no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Bruce Dickinson no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Bruce Dickinson no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Show de Bruce Dickinson no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Bruce Dickinson no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Pitty no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Pitty no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Pitty no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Bad Religion se apresenta no The Town, em São Paulo — Foto: Maria Isabel Oliveira
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Iggy Pop no The Town 2025 — Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
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Green Day em show no The Town — Foto: Maria Isabel Oliveira
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Capital Inicial, Green Day, Iggy Pop e Bad Religion movimentam o domingo na programação do evento
O figurino inicial foi trocado antes mesmo da quarta música. Para a balada “Hero”, Mariah apareceu num vestido prateado, cheio de pedrarias. E aí estão suas maiores manifestações até aqui: na voz, e nas mãos que vez ou outra repetem seus desenhos vocais e nos trajes. Sem movimentos bruscos, Mariah ocupou todo o palco sem nem mesmo dar muitos passos por ele.
Munida de hits peso-pesado dos anos 90, bastava que a plateia ouvisse os primeiros acordes de faixas como “Always be my baby” e “My all” para romper em gritos e suspiros. E, mantendo seu rosto econômico nas expressões sempre entre a serenidade e a sensualidade, Mariah mostrava que segue interessada na dinâmica de intercalar baladas e boas faixas para dançar com fluidez. “Heartbreaker”, por exemplo, foi capaz de tirar Interlagos da sofrência, mas rapidinha demais perdeu protagonismo para mais um intervalo de troca de roupa da cantora. Enquanto isso, bailarinos pululavam de um canto a outro para não manter o palco ocioso.
A espera foi remediada com um vestido preto, meio debutante, e mais “Obsessed”, um hino atemporal “anti-homens insistentes”. Mas também uma ode à autoestima. E foi nessa hora que deu para perceber a presença sutil mas potente dos backing vocals para ajudar Mariah a seguir graciosamente pelo repertório. “Touch my body”, veio na sequência sob a luz de uma Mariah um pouco impaciente, talvez pelo frio, talvez pelo retorno que tocava a todo tempo no ouvido.
Lembrando que lançará um novo álbum no fim do mês, Mariah passou rapidinho por “Sugar sweet”, nova música de trabalho. Um de seus tantos investimentos no universo do R&B — coisa que ela fez muito bem em “I know what you want”, lançada em 2002, que foi cantada imediatamente depois.
Em mais um vestido (um longo verde-bandeira), Mariah seguiu para “Its like that” e “Don’t forget about us”. E, finalmente em “We belong togheter” um sorriso mais farto apareceu no rosto da americana de 56 anos, em reposta ao engajamento da plateia no refrão.
Sem muita surpresa, ficou como ápice da apresentação a faixa “I want to know what love is”, cover da banda anglo-americana de rock Foreigner um “sucessão” de alto quilate no Brasil (a música integrou a trilha sonora da novela “Viver a Vida”, em 2009). Foi a deixa para agradecer a plateia com “Obrigada, Brasil” e “Te amo” e desaparecer de novo para os bastidores. Desta vez, definitivamente.