Apesar de ainda faltarem 41 dias para as eleições do Benfica, a campanha segue a todo o gás e intensifica-se à medida que as semanas vão passando e que se aproxima a data (25 de outubro) que definirá se Rui Costa continua na presidência das águias ou se será substituído por Noronha Lopes, Luís Filipe Vieira, João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho (ou, até, recém-chegado Paulo Parreira).

O atual líder é, curiosamente, o mais silencioso. Fez um vídeo de apresentação e pouco mais. Vai aguardando que o luxuoso mercado de transferências, a entrada na Champions e os resultados sejam a gasolina que possa levá-lo à reeleição — as exibições mais recentes da equipa, a constante contestação a Bruno Lage e o tempo que alguns reforços demoram a mostrar-se não auguram, para já, nada de muito positivo…

Os restantes candidatos, inevitavelmente, vão lançando o fogo de artifício possível: Vieira aposta no trabalho feito durante os seus mandatos, Cristóvão Carvalho fala em… Klopp, Manteigas e Mayer estão mais reservados; por fim, com mais estrondo, surgiram as promessas recentes da campanha de Noronha Lopes, desde logo pelo próprio concorrente à cadeira do poder, afirmando que, com ele, Bernardo Silva vai voltar ao Benfica — «tem um contrato à espera dele», disse o candidato —, e também pelo seu número 2 para o futebol, Nuno Gomes, ontem mesmo lançando em Évora o nome de Ruben Amorim para a arena da campanha eleitoral: «Um dia, vai treinar o Benfica

Duas notas sobre estes dois nomes, que até partilharam o balneário do Benfica, sob comando de Jorge Jesus, em 2013/2014, e que este domingo estarão frente a frente no dérbi de Manchester.

Primeiro, sobre Bernardo Silva: é sabido junto de quem o rodeia que quer muito vir a ser, um dia, presidente do Benfica; isto é, quer seguir as pisadas de Rui Costa, embora a estratégia do ainda craque do Manchester City e da Seleção de Portugal seja diferente.

Bernardo, de 31 anos, quer voltar ao Benfica mais novo do que Rui Costa (que regressou em 2006, com 34 anos), deixar a sua marca como jogador ainda em excelente forma e, rapidamente, avançar para a cadeira de sonho, a da presidência.

Quanto a Ruben Amorim, é benfiquista assumido e, podemos garantir (e não é à toa que Nuno Gomes o mencionou), é o treinador pretendido por Noronha Lopes, em cuja lista há pelo menos mais um nome (também benfiquista, mas dificilmente tão consensual), embora, claramente, segunda escolha, porque a primeira é, de longe, o atual técnico do Manchester United.