A decisão da agência de notação financeira Fitch em subir o ‘rating’ de Portugal para A é um “reconhecimento do trabalho” feito pelo Governo, famílias e empresas, disse o ministro Joaquim Miranda Sarmento.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro (E), ladeado pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento (D), durante a sessão plenária sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), na Assembleia da República, em Lisboa, 30 de outubro de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
A agência de rating norte-americana, Fitch, elevou o rating de Portugal para ‘A’, contudo o outlook passou de positivo para estável. Os analistas estavam divididos entre uma subida ou que o rating se mantivesse inalterado. “A atualização da classificação de Portugal para A, a segunda em apenas duas semanas, confirma o caminho sólido que temos percorrido: contas equilibradas, redução sustentada da dívida e crescimento acima da média da zona euro”, escreveu o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, na rede social X (antigo Twitter).
O ministério das Finanças lembrou que se trata “da segunda revisão em alta do ‘rating’ para Portugal em apenas duas semanas”, sendo que “no final do mês de agosto, também a Standard & Poor’s (S&P) elevou a notação da dívida de ‘A’ para ‘A+’”, salientou.
“Sendo o ‘rating’ determinante para a forma como o país é percecionado pelos investidores externos e para os custos do seu financiamento, esta segunda subida da notação financeira é uma excelente notícia para Portugal e para os portugueses”, salientou.
O Governo disse ainda que a Fitch assinalou que “Portugal é dos países que mais conseguiu reduzir a dívida pública, entre aqueles que são analisados, mantendo uma política orçamental prudente e um crescimento robusto”. E destacou ainda que “o país tem registado melhor desempenho orçamental do que os seus pares” e que “a redução do endividamento externo e as perspetivas para a economia portuguesa, com um crescimento superior à média da zona euro em 2026 e 2027”, são também destacadas de forma positiva.
A Fitch apontou vários motivos para subir a classificação de Portugal, como a redução contínua da dívida, uma posição orçamental equilibrada, défices reduzidos a partir de 2026, o aumento das exportações e um crescimento resiliente.
A última agência a avaliar o rating do país foi a S&P, no final do mês de agosto, tendo melhorado a classificação de ‘A’ para ‘A+’, com a perspetiva a passar de positiva para estável. Este resultado não era esperado pelos analistas, contudo a agência afirmou que o país deverá “registar excedentes moderados na contra corrente” e que irá “continuar a melhorar as suas métricas financeiras externas”.