Marcelo Rebelo de Sousa está a perder popularidade, a um ritmo acentuado, quando faltam cerca de seis meses para abandonar o Palácio de Belém. De acordo com um barómetro da Aximage, para o Diário de Notícias, o Presidente da República passou a ter um saldo negativo de 17 pontos percentuais na avaliação do seu desempenho.
De acordo com este estudo de opinião, mais de metade dos inquiridos consideram que Marcelo esteve mal (32%) ou muito mal (22%) no mês anterior, ao passo que só 31% disseram que esteve bem e 6% muito bem. Os restantes 9% disseram não saber ou não querer responder.
A conclusão é que a quebra expressiva de popularidade de Marcelo, na comparação com o barómetro de abril, é transversal entre os 570 inquiridos – aliás, o Presidente da República só tem saldo positivo entre aqueles que votaram na AD nas eleições legislativas mais recentes. E mesmo nesse grupo de inquiridos apenas 8% disseram que esteve muito bem (outros 43% que esteve bem).
Em contraste, entre as pessoas que dizem ter votado no Chega, só 5% responderam que a prestação de Marcelo foi muito boa e 16% dizem que foi boa. Os restantes fazem uma avaliação negativa ou muito negativa.
Chega ultrapassa AD e lidera pela primeira vez intenções de voto a nível nacional
O estudo da Aximage também avaliou a popularidade dos ministros do governo de Luís Montenegro e concluiu que a ministra com pior avaliação é Ana Paula Martins, que tem sido o rosto dos problemas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), incluindo as urgências encerradas durante o verão.
As avaliações positivas baixaram de 24% para 22% e as avaliações negativas subiram de 60% para 65% – ou seja, dois em cada três inquiridos consideram mau ou muito mau o desempenho da ministra.
Mas a baixa popularidade também é algo que, neste momento, caracteriza Maria Lúcia Amaral, ministra da Administração Interna, que no pico dos incêndios viu os seus índices de aprovação caírem para um saldo negativo de 29 pontos percentuais. São menos 12 pontos do que tinha Margarida Blasco, ministra com a mesma pasta no primeiro governo de Montenegro.
Só os ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, mantêm um saldo positivo no Governo, embora muito escasso em ambos os casos.
Se tiver uma história que queira partilhar sobre irregularidades na sua autarquia, preencha
este formulário anónimo.