A Seleção Nacional feminina fez história este domingo ao vencer a Espanha (4-2) e conquistar, pela primeira vez, a Liga Europeia. No final, tanto o selecionador Alan Cavalcanti como Joana Flores não esconderam a emoção e sublinharam a dimensão do feito, fruto de um trabalho que, dizem, não pode parar por aqui.
«Desde o primeiro dia que o objetivo era ser campeão. Dizem que sou muito chato, mas é assim que se chega a este nível: sempre a exigir mais. Ser campeão é bom, mas agora é continuar, sempre com este trabalho e com esta ambição. Espero que em Portugal o futebol de praia feminino continue a crescer porque o projeto está a ser muito bem feito», destacou Alan Cavalcanti, que fez questão de agradecer às jogadoras: «Sou grato pelo esforço delas em aturarem-me. Não é fácil, mas só assim se consegue. Foi difícil, sim, mas elas tornaram as coisas fáceis porque nunca deixaram de acreditar. Foi uma vitória justa.»
«Difícil foi, mas elas conseguiram tornar fácil porque estávamos sempre na frente, um período ali no jogo com o empate ficou um pouco difícil, mas concentraram e resolvemos tudo de novo, uma vitória super justa e ninguém tem nada a falar, chegamos à final e somos campeões», terminou.
Autora de três golos na final, Joana Flores também deixou palavras de orgulho, mas destacou sobretudo o coletivo. «Não importa como foram os três golos, o importante foi ajudar a equipa. Isto não é individual, é coletivo, e a vitória é de todas nós. Era a terceira vez que disputávamos esta final e desta vez tinha de ser o nosso ano. Trabalhámos muito e fizemos muitos sacrifícios para chegar aqui, mas valeu a pena», afirmou.
A internacional portuguesa garantiu ainda que este triunfo é a prova do que representa o país no panorama internacional: «Encontrámos equipas muito competentes, mas acreditámos no processo e conseguimos levar a melhor nos detalhes. No fim, tudo bateu certo. Isto é Portugal: pequenino em tamanho, mas grande em jogadoras e jogadores.»