A Seleção Nacional perdeu por 3-0 (25-19, 25-22 e 25-17) frente aos Estados Unidos da América, na segunda jornada do Grupo D, do Mundial de voleibol que as Filipinas acolhem. A derrota não pode ser considerada inesperada, dado que pela frente os portugueses encontraram a equipa medalha de bronze em Paris2024, mas não foi nenhum passeio que os americanos tiveram na capital Manila. Tirando o terceiro parcial, que foi o mais desequilibrado, a formação nacional deu excelente réplica aos EUA.

No jogo frente aos americanos, bronze nos Jogos Olímpicos Paris2024, Portugal não entrou da melhor maneira, acusando problemas no serviço, mas nem por isso, a Seleção Nacional baixou os braços, conseguindo igualar (3-3) no início do parcial. Mas foi a única vez. Durante grande parte do primeiro set, os Estados Unidos tentaram descolar, mas com dois time outs e sucesso no bloco, a formação lusa foi aguentando a pressão, recuperando várias vezes, com Lourenço Martins a dar o exemplo. Porém, na reta final, os americanos descolaram irremediavelmente e fruto do habitual implacável e eficiente serviço acabaram por vencer (19-25) o primeiro set.

No segundo parcial, Portugal arriscou e colocou-se na frente pela primeira vez do jogo (4-2), após um bloco de Cveticanin e Kelton Tavares com um serviço bem melhor fez aumentar o parcial (5-2) e obrigou o técnico americano a pedir desconto de tempo.

Os Estados Unidos reagiram e conseguem empatar (6-6), mas a Seleção Nacional continua na frente (7-6), apesar da ameaça cada vez mais real dos adversários. Só que Portugal não desiste e Miguel Tavares Rodrigues a dar o exemplo no serviço a ajudar a equipa a chegar aos 12-8 e obrigar o técnico americano a pedir novo time-out! A experiência do distribuidor português que chegou à final da Champions a fazer estragos nos EUA.

Depois do time out, os americanos acertaram agulhas no serviço e conseguiram não só igualar (14-14), mas também passar para a frente com alguma felicidade (14-16). João José pediu time out e pediu «paciência».

Só que os Estados Unidos já tinham percebido o risco que representava a Seleção e trataram de corrigir os erros, procurando manter a distância, ainda que pouco folgada (17-18). Mas apesar de Portugal ter melhorado o serviço, o bloco sentiu naturais dificuldades e não conseguiu travar os EUA e o marcador passa para 18-21. O serviço americano fez o que faltava para selar o triunfo no segundo set (22-25) apesar da resistência lusa.

No terceiro set, Portugal entrou com Bruno Dias e André Pereira, tentando mostrar algo diferente aos americanos (2-2), e o parcial começou equilibrado, com ascendente luso (2-4). Aos 3-6, os EUA pedem time out! Nova igualdade (6-6) e tudo em aberto, a prometer mais um parcial equilibrado.

Porém, os EUA não são um adversário qualquer, complicaram as ambições portuguesas e começaram a distanciar-se (17-12) mostrando porque razão conquistaram a medalha de bronze nos últimos Jogos Olímpicos e acabaram por vencer o terceiro set, o mais desequilibrado de todos (25-17) e fechar o encontro com um resultado de 3-0.

Agora, a Portugal falta um jogo apenas, na próxima quarta-feira (3h00) frente à Colômbia, onde é preciso vencer por 3-0 e esperar que os EUA façam o mesmo frente a Cuba, já que se os cubanos vencerem por 3-0 ou 3-1 as contas podem complicar-se para a equipa de João José.

Em caso de sucesso, nos oitavos pode seguir-se Bulgária ou o vencedor do encontro Eslovénia-Alemanha.