A RTP realiza um ciclo de debates nas capitais de distrito. O debate de Faro acontece a 15 de setembro.


Candidatos à presidência da Câmara


Cristóvão Norte (coligação PSD. CDS, Iniciativa Liberal, PAN e MPT)A Câmara de Faro está desde 2009 nas mãos do PSD. O social-democrata Rogério Bacalhau chega ao fim do terceiro mandato consecutivo à frente da capital algarvia e, por isso, não pode recandidatar-se. O PSD candidata o presidente da distrital do partido e deputado por Faro, Cristóvão Norte.

Lidera a ‘super coligação’ ‘Faro Capital da Confiança’, que junta PSD, CDS, Iniciativa Liberal, PAN e MPT. Uma força conjunta que leva também a que o histórico social-democrata Macário Correia encabece a lista à Assembleia Municipal de Faro.

Cristóvão Norte, de 49 anos, é licenciado em Economia, em Direito e uma pós-graduação em Assuntos Europeus. Foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na legislatura anterior.

É economista e jurista. 

É presidente do PSD Algarve, foi presidente da JSD Algarve, foi Conselheiro Nacional do PSD, presidente da Assembleia Municipal de Faro entre 2002 e 2007 e entre 2017 e 2021 e presidente de algumas associações da região. Foi chefe de Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Faro entre 2009 e 2011 e vice-Presidente do Sporting Clube Farense entre 2002 e 2004.
António Pina (PS)O PS apresenta a Faro António Miguel Pina, que por não se poder recandidatar a Olhão por ter cumprido os mandatos possíveis, resolveu concorrer à capital algarvia.

Tem 49 anos. Concluiu a licenciatura em Economia em 1997 e Pós-Graduação em Finanças Empresárias em 2001 na Universidade do Algarve.

Trabalhou no IFADAP, está há sete anos na AMAL, onde desempenhou funções de chefia em vários projetos, destacando-se o Protalgarve e Projeto Interreg III. Foi vogal do Conselho de Administração no Hospital Central de Faro durante 3 anos.

Na Câmara Municipal de Olhão, foi vereador no mandato de 2005 a 2009, vice-presidente de 2009 a 2013 e Presidente até à presente data. É também o presidente da Área Metropolitana do Algarve (AMAL). Foi co-fundador da Empresa Municipal Ambiolhão, e é presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal Fesnima.

É administrador da Sociedade Polis e foi vogal da Comissão Executiva da Região de Turismo do Algarve. Nas Águas do Algarve, foi vogal do Conselho de Administração, sendo atualmente o presidente do Conselho Fiscal.

Pedro Pinto (Chega)O Chega candidata a Faro Pedro Pinto, o líder parlamentar do Chega. Tem 48 anos e foi eleito deputado nas listas do Chega nas eleições legislativas de 2022, 2024 e 2025, sempre como cabeça de lista pelo Algarve. Pedro Pinto foi o cabeça de lista à Câmara de Beja pelo Chega, nas autárquicas 2021.


É um dos homens fortes do presidente do partido, André Ventura.


Pedro Pinto é desde 2022 líder parlamentar do Chega, tendo sido sempre candidato único.

Frequentou a Licenciatura em Relações Internacionais e é empresário. A nível profissional está ligado à tauromaquia e à realização de espectáculos nesta área.


Pedro Pinto chegou a ser dirigente do dirigente do CDS (desfiliou-se em 2019).

Duarte Baltazar (CDU)O advogado Duarte Baltazar é o candidato pela CDU, coligação formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV).

Licenciado em Direito, foi dirigente associativo de várias associações culturais e desportivas. Teve inúmeras experiências e participações na música, no teatro e nas artes plásticas.

Foi membro do Conselho de Disciplina da Associação de Futebol do Algarve.


Duarte Baltazar, 66 anos, é residente em Faro.


Eleito pela CDU, em diversos mandatos, na Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António, é, atualmente, membro da Assembleia Municipal de Faro.

Adriana Marques Silva (Livre) Adriana Marques Silva é a candidata pelo Livre. Tem 33 anos. A escolha resultou do processo de primárias internas do partido.


A candidata é docente universitária na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo (ESGHT) da Universidade do Algarve (UAlg) e doutoranda em Ciências Económicas e Empresariais, no ramo da Gestão, na Faculdade de Economia (FE) da UAlg.

Tem desenvolvido trabalho de ensino e investigação com forte ligação ao território.
Natural de Lisboa, com raízes familiares no Alentejo e no Algarve, escolheu Faro como cidade para estudar e iniciar o seu percurso académico e profissional em 2010.

Esteve três anos numa experiência profissional no Luxemburgo.

O partido negociou com Bloco de Esquerda e PS, mas tal como as outras duas forças políticas concorrerá sozinho ao município algarvio.
José Moreira (Bloco de Esquerda)José Moreira, de 58 anos, é professor de Química na Faculdade de Ciências da Universidade do Algarve. É ativista e dirigente sindical na área da ciência e do ensino superior.

Foi eleito à Assembleia Municipal por dois mandatos, e é dirigente a nível local e regional do BE.


Doutorado em Química/Física pela Universidade de Santiago de Compostela, o candidato bloquista reside e trabalha no município de Faro, e é docente e investigador na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, desde 1999.


Foi reeleito, em junho passado, como presidente da direção do Sindicato Nacional do Ensino Superior, para o biénio 2025/2027.

José Freitas Oliveira (ADN)José Freitas Oliveira é técnico de higiene e segurança no trabalho e alimentar, É o candidato independente do Alternativa Democrática Nacional (ADN).


José Freitas Oliveira, de 59 anos, natural de Angola, reside no concelho vizinho de São Brás de Alportel, e desenvolve a sua atividade profissional em toda a região algarvia.

Atualmente é membro da Assembleia da União de Freguesias de Conceição e Estoi, no município de Faro, tendo sido eleito em 2021 na lista do Chega, partido ao qual se desvinculou passando a independente.
Pedro Oliveira (Volt)Pedro Oliveira é candidato independente à Câmara de Faro, com o apoio do Volt.

Tem 31 anos e é formado em gestão de empresas e atualmente Controller Financeiro.


Faro em números

– População: 70.347 (+3,7% em relação a 2021)
– N.º de eleitores: 57.243
– Rendimento médio mensal: 1.376€
– Habitação por m²: 2.135€ (+29,7% em relação a 2021)
– Ramo de atividade com mais trabalhadores:


  • Administrativa e dos serviços de apoio

  • Comércio a retalho
    (exceto veículos)

  • Restauração e similares

– N.º de empresas:


  • Pequenas: 12.392

  • Médias: 46

  • Grandes: 5

– Desemprego: 4,1%
– Vitórias eleitorais em Autárquicas: PSD – 8 / PS – 5

Notas metodológicas: A RTP reuniu os dados de cada concelho no que diz respeito à população, rendimento médio mensal, ramos de atividade dominantes na economia, percentagem de pessoas inscritas no centro de emprego e valores [da] habitação. Para além das 18 capitais de distrito, às quais se juntam Ponta Delgada e Funchal, damos também destaque aos dois concelhos mais populosos do país: Sintra e Vila Nova de Gaia.

Ao nível da população, [consideram-se] as estimativas provisórias de população residente – pós-censitárias – revistas em junho de 2024, com variação percentual em relação aos Censos de 2021. O número de eleitores diz respeito a 15 de junho de 2025, conforme consta no Diário da República n.º 115/2025, Série II de 2025-06-17.

Relativamente ao rendimento médio mensal, contabiliza-se o valor bruto, em euros, auferido pelos trabalhadores por conta de outrem de cada concelho em 2023. Para efeitos de comparação, a média nacional situava-se em 1.460,8 €, mas apenas seis dos concelhos analisados estão acima deste valor ou com valores aproximados.

Quanto aos ramos de atividade com maior número de trabalhadores, são apresentados os três setores com mais pessoal empregado. Os dados referem-se a 2023, mas refletem a tendência dos últimos anos.

No que respeita às empresas de cada concelho, as pequenas têm até 50 trabalhadores e um volume de negócios até 10 milhões de euros; as médias têm menos de 250 trabalhadores e até 50 milhões de euros; e as grandes contam com mais de 250 trabalhadores e um volume de negócios superior a 50 milhões de euros (dados de 2023).

Incluem-se ainda os dados do desemprego no continente, nomeadamente a percentagem de pessoas inscritas nos centros de emprego (à procura do primeiro emprego ou desempregadas), calculada a partir do valor médio mensal de inscritos em 2024. Nas regiões autónomas, foi apenas possível obter os dados relativos à taxa de desemprego (NUTS II – 2024) no 2.º trimestre de 2025. Para comparação, a percentagem nacional foi de 5,9 %.

Sobre a habitação, os dados apresentam o valor mediano da avaliação bancária por metro quadrado registado em 2024, com a respetiva variação percentual face a 2021, ano das anteriores eleições autárquicas. A referência nacional situa-se em 1.662 €/m² e a variação nacional foi de um aumento de 35 %.

Por fim, são também apresentados os resultados das anteriores eleições autárquicas, realizadas em 26 de setembro de 2021.

Fontes: PORDATA; INE; Secretaria-Geral da Administração Interna; Diário da República; CNE