Fabiula Nascimento fala sobre relação com Emilio Dantas: 'A gente é de igual para igual'

Fabiula Nascimento (46) vive sua primeira protagonista no cinema com o filme Uma Mulher sem Filtro, no papel que escancara a realidade de muitas mulheres: a personagem carrega o mundo nas costas até não aguentar mais e explodir. Com humor afiado, o longa provoca reflexões sobre limites e autocuidado e já está em cartaz.

A artista conversou com CARAS, no Hotel Nacional, no Rio, e falou sobre sua trajetória, a relação com Emilio Dantas (42) — com quem contracena no longa — e a divisão das responsabilidades com os gêmeos Roque e Raul (3).

Equilíbrio na vida real

Ao falar sobre o relacionamento, Fabiula destaca a importância de dividir responsabilidades: “Tenho o meu parceiro, que é maravilhoso, mas tem um monte de defeitos como eu também tenho“, diz a atriz.

“Mas nesses lugares de equalizar a demanda, principalmente com as crianças, é o lugar onde ele entra forte”, completa.

“A gente é de igual para igual ali. Eu não posso ficar com essa responsabilidade. Mas, mesmo assim, às vezes, a vacina eu é que sei que tem que dar”, acrescenta.

A atriz deixa claro que a comunicação é um pilar essencial em qualquer relação:

“Sou bem sem filtro. Tudo que me incomoda eu falo. Acho que o mal do século é as pessoas não se comunicarem. Se comuniquem no seu relacionamento, no seu trabalho. Não tenham medo. Porque tem essa coisa amedrontadora de “Cuidado, vai perder o emprego”. Às vezes, tem coisa melhor te esperando lá fora, sabe?”

Carreira e aprendizado

Fabiula também reflete sobre sua carreira e como isso moldou sua postura na vida: “Nesses 30 anos de carreira, sempre fico olhando o quanto caminhei dentro do que eu acredito. Eu nunca me submeti a nada violento ou submissivo, mas isso vem de uma trajetória de quem é sobrevivente”, explica.

“Durante muitos anos você é sobrevivente, tem que estar à frente de tudo, segurando tudo, tem que se blindar para seguir adiante. Então, qualquer coisa que chegue fora do tom para você é expressando algum tipo de violência. Comigo não. Isso não vai acontecer. Não me pega assim, não gosto assim, não fale comigo assim. Sempre foi muito nesse lugar“, completa.

Hoje, a atriz afirma que alcançou outro nível de compreensão: “Hoje, já não sou mais uma sobrevivente, consigo enxergar as pequenas dores dessas ações no meu passado. E hoje eu não preciso mais disso. Mas a minha sinceridade quando requisitada ou as minhas ações, elas são muito reais“, diz.

“Sou a primeira a falar, com delicadeza, com educação, mas falo. Não tenho problema nenhum em me expressar, em falar o que sinto. Isso é importante. Isso a terapia te dá, a maturidade te dá”, conclui Fabiula.