O príncipe Harry tem redobrado os esforços para a reconciliação com o pai, Carlos III. Doravante, a equipa do duque de Sussex vai partilhar a agenda oficial de Harry com o Palácio de Buckingham, quase como uma “oferta de paz”, para evitar que se sobreponham compromissos das duas partes, avança o Daily Mail.
O objectivo é prevenir que os Sussex roubem os holofotes à família real com a sobreposição de aparições públicas. Harry e Meghan têm sido acusados de tentar roubar atenções de Londres com as suas próprias viagens oficiais — ainda neste mês, o duque de Sussex visitou um campo de minas terrestres em Angola, seguindo os passos da mãe, a princesa Diana.
A notícia surge depois de os tablóides britânicos terem publicado os detalhes das reuniões entre as equipas dos Sussex e de Carlos, em Londres, ainda que pai e filho não se encontrem (que se saiba) desde o ano passado, quando o rei foi diagnosticado com cancro. “Antes dessa reunião entre os assessores em Londres, os conflitos de interesses ou os embates públicos eram apreciados e talvez até incentivados pelos Sussex”, declarou uma fonte não identificada ao Daily Mail. “Agora, Harry mudou a forma de pensar. O tom é sobre ‘resolver conflitos’ com a família.”
Mais: a informação da agenda de Harry também será partilha com o Palácio de Kensington, alertando ainda William e Kate para possíveis conflitos. “Harry continua a não gostar de estar sob o controlo da máquina real e isso não vai mudar. No entanto, se a família real tiver uma visão completa dos seus movimentos, poderá, pelo menos, planear em conformidade”, reforça o mesmo jornal,
Até agora, os representantes de Buckingham, de Kensington e dos Sussex ainda não comentaram publicamente esta mudança de estratégia. A expectativa é de que, com as agendas alinhadas, pai e filho possam encontrar um momento para se reencontrarem.
Num entrevista à BBC, em Maio deste ano, Harry disse querer reconciliar-se com a família, mas revelou que o pai não lhe fala por causa do diferendo sobre a sua segurança e protecção policial. “Adoraria reconciliar-me com a minha família. A vida é preciosa. Não sei quanto tempo mais o meu pai tem”, declarou, sem se referir ao irmão, William, com quem também está de relações cortadas.
Harry renunciou ao trabalho na família real em 2020 e mudou-se para os Estado Unidos, onde vive na Califórnia com a mulher, Meghan, e os dois filhos, Archie e Lilibet, de 6 e 4 anos. Desde que partiram, os duques de Sussex têm sido muito críticos sobre a forma como é gerida a monarquia britânica, apontando até o dedo a Buckingham por racismo na entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, no documentário da Netflix e na autobiografia Na Sombra.