Em Israel, Marco Rubio falou com os jornalistas explicando que depois de várias reuniões com Zelensky e telefonemas com Vladimir Putin é provável que na próxima semana o presidente norte-americano volte a juntar-se ao presidente ucraniano tendo em vista nova tentativa para chegar à paz entre Kiev e Moscovo.
“Ele [Trump] vai continuar a tentar. Se a paz for possível, ele quer alcança-la. Não vai haver nenhum momento em que o presidente vai pensar que não é possível. Ainda não chegou lá mas poderá chegar a esse ponto”, disse Rubio, que relembrou os 20 mil soldados russos que perderam a vida só no último mês de julho.
Apesar de se terem juntado no Alasca, há pouco mais de um mês, Vladimir Putin continua a dar ordens para atacar com frequência o território ucraniano. “Se de alguma forma o presidente desistisse ou sancionasse a Rússia e disse que tinha acabado, então não haveria ninguém no mundo capaz de acabar esta guerra”, continuou o secretário de Estado norte-americano.
Donald Trump tem declarado estar a perder a paciência com o homólogo russo, enquanto a Rússia passa culpas para a Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou Zelensky de “abrandar artificialmente” as negociações para a paz e reiterou a que a Rússia continua pronta para dialogar e que as conversas pararam por não haver flexibilidade por parte da Ucrânia para realmente negociar.
A Rússia já colocou as suas próprias condições para travar o conflito: desmilitarização e rendição total da Ucrânia e que seja aceite a anexação das quatro regiões que os russos reivindicaram. Kiev recusa as condições russas, por serem inaceitáveis, e quer garantias de segurança por parte dos aliados ocidentais por não acreditar nas intenções russas.
Este ano já foram realizadas pelo menos três rondas de negociações, na cidade de Istambul, com o único ponto de convergência a ser a troca de prisioneiros entre os dois países. Apesar das declarações russas, Vladimir Putin recusa-se a encontrar-se com Zelensky, tal como recusa um cessar-fogo e que a Ucrânia receba tropas ocidentais.
Ataque russo em Zaporizhia faz um mortoNa madrugada de terça-feira, a Rússia voltou a atacar em território ucraniano. A cidade de Zaporizhia foi afetada pelo ataque com pelo menos uma pessoa a perder a vida, um homem de 41 anos. Treze pessoas ficaram feridas. O governador regional daquela zona relatou também vários incêndios depois do ataque.
O governador revelou também que entre os feridos estão duas crianças, com os incêndios a afetarem zonas residenciais e uma estação de serviço. Os relatórios preliminares sobre este ataque explicam que as forças russas levaram a cabo mais de dez ataques com mísseis, causando danos a dez apartamentos e 12 casas particulares.
Depois de mais uma madrugada em sobressalto, Volodymyr Zelensky recorreu às redes sociais para fazer um balanço sobre os ataques russos apenas no mês de setembro. O presidente ucraniano falou em mais de 3500 lançadas por forças russas, juntando-lhes o lançamento de perto de 190 mísseis.“Também houve provocações contra os nossos parceiros. É exatamente este tipo de terror aéreo contra a Ucrânia que pede um esforço conjunto na defesa – para que ninguém tenha de enviar aviões de combate à pressa e sentir a pressão russa nas suas fronteiras”, escreveu Zelensky na rede social X.
Entretanto, as forças militares da Ucrânia anunciaram que atacaram durante a noite a refinaria de Saratov, em território russo. Através da rede social Telegram, as forças ucranianas relataram explosões e incêndios na infraestrutura.
c/ Agências