A Audi atrasou a sua transição para a eletrificação total, mas mantém-se firme na meta de eliminar os motores a combustão até 2035.

Audi Q5 2.0 TDI quattro - logótipo da Audi

© André Mendes / Razão Automóvel

Numa altura em que vários construtores europeus apelam à União Europeia (UE) para suavizar as metas de emissões, a Audi segue o caminho oposto.

Numa entrevista à revista alemã Wirtschaftswoche, Gernot Döllner, diretor-executivo da marca, apoiou o fim da venda de automóveis novos com motor de combustão interna na UE já a partir de 2035.

Segundo Döllner, o constante “vai e vem” entre os construtores de automóveis cria insegurança nos consumidores. O executivo classificou estes apelos à suavização das metas como “contraproducentes”.

“Não conheço tecnologia melhor do que o automóvel elétrico para reduzir as emissões de CO₂ nos transportes nos próximos anos. Mesmo além da proteção climática, o automóvel elétrico é simplesmente a melhor tecnologia”.

Gernot Döllner, diretor-executivo da Audi

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A Audi vai ser 100% elétrica até 2035?

Embora se tenha mostrado a favor do fim do motor de combustão a partir de 2035, a Audi é um dos construtores que adiou o seu plano de ser 100% elétrica.

A empresa alemã, que inicialmente planeava ser 100% elétrica até 2032, anunciou no início deste ano que esse prazo iria ser “reavaliado”.


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O motivo principal do adiamento prende-se com os resultados de vendas abaixo do esperado de veículos elétricos, sobretudo na Europa. Em 2024, a Audi vendeu 1,67 milhões de unidades, menos 11,8% do que em 2023, das quais apenas 164 mil eram elétricas — uma queda de 8%.

Na altura, Döllner reconheceu que a transição para a eletrificação “seria mais longa do que o originalmente planeado”. Até lá, a marca continuará a apostar em motores a combustão, mas com forte foco nos híbridos plug-in como uma solução de transição.

© Razão Automóvel A próxima geração da Audi RS6 Avant com motor de combustão já está a caminho.

É, por isso, expectável que a Audi mantenha os seus modelos a combustão à venda por mais tempo do que o previsto. “Uma extensão dos motores de combustão terá um impacto positivo no nosso modelo de negócio”, afirmou Döllner na altura.

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