Voo vai ligar duas cidades em lados opostos do planeta

A China Eastern Airlines começou a vender bilhetes para a sua nova rota que liga Xangai a Buenos Aires, numa rota que a transportadora promove como o voo direto mais longo do mundo.

O voo parte do Aeroporto Internacional de Pudong (PVG), em Xangai, e está programado para durar cerca de 25,5 horas até chegar ao Aeroporto Internacional Ministro Pistarini (EZE), na capital argentina. Já o voo de regresso está previsto durar impressionantes 29 horas, segundo a companhia aérea sediada em Xangai.

Mas há uma ressalva: ambos os trajetos incluem uma paragem de duas horas em Auckland, Nova Zelândia, durante a qual os passageiros podem sair do avião para uma pausa. Assim, embora seja considerado um voo direto, não é sem escalas.

Várias companhias aéreas têm tentado conquistar o título de mais longo voo do mundo como parte das suas campanhas de marketing, mas a maioria dos especialistas concorda que o primeiro lugar continua a pertencer à Singapore Airlines.

O voo sem escalas da Singapore Airlines entre Changi (Singapura) e JFK (Nova Iorque) cobre uma distância de 15.349 quilómetros em mais de 18 horas de viagem, um verdadeiro teste de resistência que o jornalista Richard Quest, da CNN, experimentou em outubro de 2018.

A China Eastern afirma que o seu novo voo será a primeira rota comercial do mundo a ligar cidades antípodas, ou seja, cidades situadas em lados opostos do planeta.

A companhia aérea opta por uma rota invulgar em direção ao sul, sobre algumas das zonas marítimas mais remotas do mundo e próxima da Antártida, uma escolha que, segundo a China Eastern, ajuda a retirar pelo menos quatro horas à duração total da viagem.

A companhia chinesa enfrenta forte concorrência na disputa pelo título de voo mais longo do mundo, embora, para muitos passageiros, quanto menos tempo no ar, melhor.

A companhia de bandeira australiana Qantas está a trabalhar num projeto conhecido como Project Sunrise, que visa desenvolver aviões mais adaptados aos ritmos de descanso dos passageiros durante voos ultra-longos.

A Qantas persegue há anos o objetivo de realizar um voo sem escalas entre Sydney e Londres, cidades separadas por cerca de 16 mil quilómetros.