Nos anos 1980, o Megadeth consolidou seu nome no Big Four do thrash metal ao lado de Metallica, Slayer e Anthrax. A rivalidade ferrenha, sobretudo com o Metallica, ajudou a moldar álbuns clássicos como “Peace Sells… But Who’s Buying?” (1986) e “Rust in Peace” (1990). Porém, quando a década de 1990 avançou, o cenário musical mudou – e a banda de Dave Mustaine passou a enfrentar duras críticas por discos considerados abaixo do padrão dos anos anteriores.
Um dos trabalhos mais contestados é “Risk” (1999), lembrado como um álbum em que o grupo tentou se aproximar do rock alternativo. A ironia é que, apesar do título, o disco foi acusado de ser “cauteloso demais”, sem grandes ousadias. Ainda assim, Mustaine defende que algumas faixas do período merecem mais reconhecimento do que receberam.
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Foto: Reprodução – Vevo
Em entrevista concedida ao SongFacts em 2022, o líder do Megadeth afirmou que uma das canções de “Risk” está entre as melhores que já escreveu. Trata-se de “Wanderlust”, faixa marcada por atmosferas mais melódicas. “Acho que é uma das melhores músicas que já escrevi em termos de drama, como uma pintura dentro de uma canção. A letra, o canto e o clímax estão entre as melhores coisas que já fizemos”, declarou.
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Mustaine explicou que a guinada sonora da época se deu, em parte, pela influência de Marty Friedman, então guitarrista da banda. “Nós ainda estávamos fazendo concessões ao desejo do Marty de soar mais melódico e alternativo. Ele gostava muito do Dishwalla. Eu também curtia uma música deles que tocava no rádio, mas não estava disposto a transformar o Megadeth em uma banda alternativa”, contou.
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