O conhecido cantor deixou uma longa e muito mensagem ao progenitor.
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FF
(Reprodução Instagram, DR.)
Foi esta segunda-feira, 15 de setembro, que se soube que o pai de FF tinha “morrido repentinamente“, uma notícia que apanhou muitos em choque.
Francisco Fernandes (pai e filho tinham o mesmo nome) tinha completado 70 anos em junho deste ano – uma data que foi devidamente celebrada pelo filho, inclusive nas redes sociais – mas acabou por falecer, ainda que não tenham sido reveladas causas para a morte.
A notícia foi inicialmente partilhada, no Facebook, pela parte de Luísa Melo Fernandes, companheira do pai do artista. Já na madrugada desta quarta-feira, 17 de setembro, foi a vez do cantor dedicar umas palavras ao progenitor.
Através de um longo e duro desabafo, é possível perceber como FF ficou também visivelmente abalado pela notícia, e em choque pela partida repentina do pai.
“Existe um dia, ninguém sabe qual, que é o último dia em que o nosso pai nos pegou ao colo. Depois dessa última vez, nunca mais estivemos suspensos nos braços do nosso pai e a vida seguiu sobre os nossos pés, pernas, peito e as dores foram curadas com abraços mas sem colo”, começou por escrever, na legenda.
Vitor Kley
SIC
“Esse último desvaneceu-se da nossa memória e nunca nos lembraremos: esta foi a última vez que o meu pai me segurou nos seus braços. Com sorte ficará a memória dessa sensação, pelas fotografias ou histórias que se passaram em sítios onde sabemos que é provável que nos tenham levitado por breves momentos”, continuou de seguida.
“Desconfio que sei quando foi a última vez que o meu pai me pegou ao colo mas nunca terei a certeza se foi essa realmente a última vez. A distância entre esses dois tempos, o de estarmos sem sabermos pela última vez no colo do nosso pai e de estarmos pela primeira vez no chão depois dessa última vez, tem a mesma matemática entre saber que o nosso pai está vivo e saber que ele já não está”, disse, ao falar ainda de estar a viver um tempo “esquisito e dilatado“.
“(…) Depois os abraços dos que nos querem bem vão secando o chão e a nossa dor. E a nossa dor vai nos secando também até nos sentirmos mirrados, pequeninos e leves com vontade de pela última vez, não pesarmos no colo de um pai”, concluiu.