Transformar baterias usadas em energia útil é o novo desafio da Stellantis. Descubra o que a marca está a fazer.

Ainda não existe uma receita certa para o que fazer com as baterias que já não servem para os carros elétricos e híbridos, mas que ainda têm anos de vida. No entanto, a Stellantis não cruza os braços.

O grupo automóvel está a dar uma nova vida às baterias de veículos elétricos que já não são adequadas para os automóveis, readaptando-as para outras funcionalidades.

Um dos exemplos mais recentes é o AVATHOR ONE, um dispositivo elétrico pensado para utilizadores de cadeiras de rodas ou pessoas com dificuldade de locomoção.

avanthor-one© Stellantis O AVATHOR ONE foi lançado em abril.

O sistema elétrico do veículo utiliza exclusivamente baterias de segunda vida da Stellantis, reconfiguradas por parceiros locais, incluindo a empresa INTENT S.r.l., que transforma os módulos antigos em novas unidades de 1,4 kWh ou 2,8 kWh, adaptadas às necessidades do dispositivo.

O projeto resulta da colaboração entre várias empresas de Turim, Itália:

  • SUSTAINera: a unidade da Stellantis dedicada à economia circular, fornece e gere as baterias retiradas de veículos elétricos;
  • INTENT S.r.l.: reestrutura os módulos e integra o sistema de gestão das baterias;
  • Avathor: foca-se no desenvolvimento de soluções de mobilidade e dispositivos médicos;
  • Italdesign: contribui com design e engenharia, garantindo que o produto final seja funcional e atrativo.

Além de aumentar a autonomia e independência de utilizadores com mobilidade reduzida, esta abordagem tem um impacto ambiental positivo, evitando que as baterias usadas sejam descartadas prematuramente.

É também um exemplo claro de como a tecnologia automóvel pode ser reaproveitada em contextos sociais e industriais diferentes.

Outros projetos em curso

A Stellantis não se limita a este projeto. As baterias de segunda vida estão a ser aplicadas também em sistemas de armazenamento de energia renovável. O projeto PIONEER, por exemplo, operacional desde junho no aeroporto de Roma Fiumicino, vai contribuir para a redução de milhares de toneladas de CO₂ ao longo de uma década.

Esta iniciativa insere-se na estratégia da marca de economia circular, que visa prolongar o ciclo de vida dos componentes e reduzir o desperdício.

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