O voo da Spirit Airlines viajava de Fort Lauderdale, Flórida, para Boston, Massachusetts, na manhã de terça-feira. Ao mesmo tempo, o Air Force One transportava o casal Trump para o Reino Unido.

No áudio, pode ser ouvido a alerta ao voo da Spirit, um Airbus A321, com instruções para “virar 20 graus”. “Preste atenção, Spirit 1300, vire 20 graus à direita”, disse o controlador de tráfego aéreo, enquanto a aeronave voava paralelamente a cerca de 13 quilómetros do Air Force One. “Spirit 1300, vire 20 graus agora mesmo. Spirit Wings, 1300, vire 20 graus à direita imediatamente. Preste atenção”.

Os dois aviões estavam em trajetórias nas quais poderiam ter convergido a 17 quilómetros de distância, mas nunca estiveram a uma distância que a Administração Federal de Aviação (FAA) classificaria como insegura. “A FAA está ciente das publicações nas redes sociais sobre o Air Force One e um voo da Spirit Airlines no espaço aéreo de Boston na terça-feira, 16 de setembro. A separação necessária foi mantida entre as aeronaves”, lia-se no comunicado da FAA.

Ainda assim, os aviões estavam suficientemente perto para alarmar as autoridades, de acordo com a emissora britânica BBC. “Tenho certeza de que conseguem ver quem é. Fiquem de olho nele, é branco e azul”, continuou o controlo de tráfego aéreo, referindo-se ao avião presidencial. “Tenho que falar com vocês duas vezes de cada vez, Spirit 1300. Preste atenção. Saia do iPad”, ordenou, referindo-se aos iPads usados por pilotos para visualizar cartas de navegação, manuais, listas de verificação, dados de desempenho e clima.

Segundo um porta-voz da Spirit Airlines, o voo “seguiu os procedimentos e instruções do Controlo de Tráfego Aéreo durante a rota para Boston”. O voo “aterrou sem incidentes” no Aeroporto Internacional Logan de Boston. “A segurança é sempre a nossa maior prioridade”, sublinhou, em declarações à “CBS News”.

Por sua vez, Trump viajou para o Reino Unido, onde esteve com o rei Carlos III e a rainha Camilla e tem encontro marcado com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. O secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro Scott Bessent, o enviado especial Steve Witkoff, a chefe de gabinete da Casa Branca Susie Wiles e o vice-chefe de gabinete Stephen Miller são alguns dos funcionários da Casa Branca que se juntaram ao presidente norte-americano nesta viagem.