De acordo com uma nota emitida pela clínica duas horas depois do primeiro boletim, que recomendava observação, o ex-presidente teve alta hospitalar, regressando a casa, onde se encontra retido sob prisão domiciliar.

O novo boletim médico indica que Bolsonaro “apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa“.

O hospital reforçou, contudo, que “o laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’, em duas das oito lesões removidas”.

Por essa razão, necessitará “de acompanhamento clínico e reavaliação periódica”.


Sob prisão domiciliar desde o início de agosto, Bolsonaro saiu pela primeira vez domingo para realizar uma biópsia cutânea para atestar a possibilidade de sofrer de cancro de pele.


A DF Star, que tem vindo a acompanhar Jair Bolsonaro, referiu que entre as oito amostras recolhidas dia 14 de setembro foi registada em duas delas a presença de células cancerígenas, indicando que o ex-presidente terá de continuar a ser seguido medicamente para vigiar o eventual desenvolvimento da doença.


 


Bolsonaro, de 70 anos, sentiu-se mal terça-feira à tarde e foi admitido
naquela unidade médica, onde passou a noite sob observação. 


Depois das análises cutâneas realizadas domingo, esta foi a
segunda saída de Bolsonaro desde que foi condenado quinta-feira passada a
27 anos e três meses de prisão, por tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o boletim médico inicial da DF Star, Bolsonaro deu entrada terça-feira com “um aumento do ritmo cardíaco e pressão arterial em queda”.

“Os exames revelaram uma anemia persistente e uma alteraçáo da função renal”, acrescentou a clínica, devendo ficar internado sob observação.


Terça-feira, o filho do ex-presidente, o senador Flavio Bolsonaro, explicou que o pai sofreu vómitos e um “episódio grave” de crise de soluços que o deixou “quase 10 segundos sem respirar”.

O ex-presidente brasileiro tem enfrentado nos últimos anos vários problemas no aparelho digestivo, resultantes das sequelas da facada que sofreu num comício durante a campanha presidencial de 2018.

Em abril, foi submetido a uma longa operação para tratar uma obstrução intestinal, que o manteve internado durante três semanas.

Jair Bolsonaro foi condenado após um processo histórico. O coletivo de juízes concluiu que o ex-presidente era culpado de ter conspirado para se manter no poder após a derrota eleitoral face ao atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.


O cumprimento da pena só terá início após terem sido esgotados todos os recursos previstos, o primeiro do qual irá ser apresentado em breve, de acordo com a defesa.


com Lusa