O secretário de Cultura de Aracaju, Paulo Corrêa, participou de uma Roda de Conversa na I Bienal do Livro de Sergipe. O evento, que acontece no Museu da Gente Sergipana desde a quinta-feira, 18, reúne alunos, literários e escritores do estado até este sábado, 20.
 
Com o tema “A História de Luiz Gonzaga e a Literatura”, o secretário de cultura, que é também um dos maiores pesquisadores da vida e obra do Rei do Baião, levou para o Painel de Discussão da Bienal todas as nuances da vida e obra do artista.

“Luiz Gonzaga é uma das personalidades mais biografadas no Brasil. Particularmente, eu possuo 110 exemplares de obras que retratam a vida dele. Um dos que eu indico como a mais fidedigna é a do livro ‘A Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga’, da escritora e pesquisadora francesa de música brasileira, Dominique Dreyfus. Ela passou 6 meses morando em Exu, Pernambuco, cidade de Luiz Gonzaga, e vivenciou de perto o dia a dia do Rei do Baião”, explicou.
 
Segundo Paulo Corrêa, a importância de Luiz Gonzaga dentro da música e da literatura brasileira se demonstra em como ele conseguiu levar a nossa cultura para o mundo. “Estivemos recentemente na França para dar entrada no processo junto à Unesco para que o gênero Forró se torne Patrimônio Imaterial da Humanidade. Agora teremos um trabalho a ser desenvolvido por todos os estados do Nordeste para que se concretize esse título. Luiz Gonzaga não foi só cantor. Ele foi decodificador de ritmos a exemplo do xote e xaxado, além de ser o criador do Trio Pé de Serra. Ele inventou o trio que até hoje emprega milhares de nordestinos a partir dessa manifestação popular tão marcante na cultura de nossa região”, afirmou. 
 
De 18 à 20 de setembro, a I Bienal do Livro de Sergipe coloca o estado na rota das grandes bienais do Brasil, promovendo a literatura sergipana e conectando diversas linguagens artísticas em um só lugar.