Sob o lema Só o Benfica Importa, Rui Costa apresentou oficialmente a candidatura às eleições das águias esta sexta-feira, na Quinta do Sol, em Besteiros, no jantar de celebração do 26.º aniversário da Casa do Benfica de Paredes.

Perante cerca de três centenas de benfiquistas, o atual líder dos encarnados discursou durante 25 minutos antes do início do jantar, depois de terem tomado a palavra Fernando Mendes, presidente da Casa, e Renato Almeida, vereador da Câmara Municipal de Paredes.

Rui Costa destacou vários feitos do clube no mandato que está prestes a terminar, nomeadamente na formação e nas modalidades, reconhecendo, porém, que faltaram títulos no futebol sénior.

«É com humildade que me apresento aqui e digo chegar ao fim do mandato com quatro títulos no futebol é pouco. Com humildade, reconhecer que gostaria de estar aqui a festejar muitos mais título no futebol; e numa semana também diferente. Percebo na perfeição, porque entrei para este clube com oito anos de idade, a responsabilidade que é estar à frente de um clube desta dimensão, assim como percebo a frustração dos nossos sócios e adeptos quando não ganhamos, e nunca fugirei a essas responsabilidades. É uma tristeza para mim, não o escondo, não ter conseguido mais títulos para o futebol neste período. Ninguém sofre mais com isso. Acreditem que ninguém sente mais do que eu a ausência desses títulos. Também sei que quando o futebol não ganha tudo passa ao lado e parece que está errado, mas não», frisou.

Rui Costa recordou ainda o dia em que assumiu a presidência do clube da Luz, assumindo que, na altura, não estava preparado para o cargo: «Lembro-me como entrei como presidente do clube, talvez no momento mais controverso da nossa história. Virei presidente do dia para a noite para não deixar o Benfica cair. Virei presidente do Benfica impreparado, porque de manhã estava no Seixal a trabalhar com a equipa de futebol e ao fim do dia era presidente. Não esqueço o que vivi nesse período, mas não me arrependo, porque nunca me escondi. Nunca me vou esconder à responsabilidade que é ser benfiquista. Naquele período apareci eu e o Francisco Benitez e tenho muito respeito por ele por isso. Não apareceu mais ninguém. Aí se calhar o Benfica precisava de tantos candidatos à presidência. Mas muitos esconderam-se, eu não me escondi e nunca o vou fazer.»

«É de enaltecer tudo aquilo que as casas fazem em prol do clube, verdadeiros embaixadores do benfiquismo, daquilo que é a nossa chama imensa, espalhados por todo o Mundo. Tem sempre de ser reforçada a importância que as casas têm para o nosso clube. Agradeço também o facto de estar aqui com vocês no início da minha campanha. Como sabem priveligiei, naturalmente, enquanto presidente do Benfica, preparar as nossas equipas e o clube para aquilo que era a época desportiva, sem me preocupar demasiado com as eleições, pese embora seja candidato. É para mim um orgulho, e uma escolha, que a minha primeira apresentação enquanto candidato seja numa casa do Benfica e não numa televisão. Porque é no meio dos benfiquistas que gosto de estar, é para os benfiquistas que tenho de falar e provar que mereço continuar a ser o presidente do Benfica.»

«É verdade que viemos de um ano em que, além de não ganharmos o campeonato, a frustração aumentou ainda mais pelo facto de termos chegado ao fim da época, a uma semana do final da temporada, com a possibilidade de ter ganho tudo. Vitória na Taça da Liga, uma penúltima jornada para decidir quem partia para a última em primeiro lugar, e uma final da Taça de que nem quero falar.»