Esta sexta-feira, 19 de setembro, no debate do “Observador” entre candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, a cabeça-de-lista da coligação “Viver Lisboa” (PS, Livre, Bloco de Esquerda e PAN), Alexandra Leitão, voltou a criticar a baixa velocidade a que circulam os transportes públicos na cidade.

“A Carris nunca andou tão devagar. Neste momento anda, em média, a 13 quilómetros por hora”, afirmou a candidata. Terá razão?

De acordo com o Relatório e Contas da empresa referente a 2024 (o mais recente), a velocidade média de exploração dos autocarros da empresa era, nesse ano, de 13,71 quilómetros por hora. Um valor um pouco superior – mas muito próximo – do indicado por Alexandra Leitão.

Desde 2000 – ano do relatório mais antigo disponível para consulta no site da Carris – a velocidade de exploração nunca tinha sido tão baixa. De 2022 (inclusive) para cá, todos os anos tem-se batido o recorde de velocidade mais baixa. Para referência, em 2000, quando se registou o valor mais elevado, a velocidade era de 14,97 quilómetros por hora.

Apesar de ser claro que Alexandra Leitão se referia à velocidade dos autocarros, a circulação dos elétricos da Carris também nunca foi tão lenta como em 2024.

Segundo os mesmos relatórios da Carris, no ano passado a velocidade média de exploração destes veículos era de 8,42 quilómetros por hora. Desde 2000, nunca este valor tinha sido inferior aos nove quilómetros por hora (o segundo número mais baixo encontra-se em 2018, 9,07 quilómetros/hora).

Abaixo está um gráfico, feito com base nos dados dos relatórios da Carris, que mostra a forma como a velocidade média de exploração de autocarros e elétricos evoluiu entre 2000 e 2024.

Confirma-se, portanto, que a afirmação de Alexandra Leitão é verdadeira. Desde 2000, a velocidade dos autocarros e elétricos da empresa nunca foi tão baixa como em 2024, ano dos dados mais recentes.

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