Marcelo Faria, de 53 anos, usou as redes sociais para revelar aos seguidores que foi diagnosticado com herpes zóster, uma doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora. O ator também incentivou as pessoas que sofrem com a doença a participarem de uma consulta pública contando seus relatos e dando opiniões. O objetivo é que a vacina contra a infecção seja disponibilizada no SUS.
“Hoje eu quero compartilhar com vocês uma experiência que eu vivi na pele. Eu tive o herpes zóster. Foi inesperado, foi doloroso, me marcou, marcou bastante. Nesse momento, está aberta uma consulta pública para avaliar a possibilidade da incorporação da vacina contra o herpes zóster no Sistema Único de Saúde, o SUS. Consulta pública é um espaço aberto para qualquer pessoa participar, dar a sua opinião e contar a sua experiência”, disse ele no vídeo.
O que diz o infectologista?
O Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista formado pela Faculdade de Medicina da USP e com residência médica em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP),explica.
“Herpes zóster, também conhecido como ‘zona’ ou ‘cobreiro’, é uma infecção causada pela reativação do vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora. Depois que alguém teve varicela (a catapora), o vírus permanece ‘dormindo’ nos gânglios nervosos do organismo. Em determinadas circunstâncias, como por redução da imunidade, envelhecimento, estresse, doenças crônicas, ele desperta, infecta nervos, e provoca uma erupção cutânea característica, acompanhada de dor ou queimação”, declara.
Quais os sinais?
Alguns dos sinais e sintomas típicos incluem:
- Uma sensação inicial de queimação;
- Formigamento;
- Ardor;
- Dor forte em uma região da pele, frequentemente em apenas um dos lados do corpo.
“Poucos dias depois, costuma aparecer uma erupção cutânea: manchas avermelhadas que evoluem para bolhas/vesículas, agrupadas, seguindo o trajeto de um nervo (o dermátomo). Essas bolhas podem se romper, formando crostas. Geralmente, depois de algumas semanas, a pele melhora. Além desses sintomas, pode haver ainda febre, mal-estar, sensibilidade ao toque e coceira”, diz.
Dói?
De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde, via DataSUS, houve um aumento de 10,6% no número de internações hospitalares causadas pelo herpes zoster em 2023. O Dr. Igor Maia Marinho chama atenção para os casos.
“O herpes zóster é relativamente comum no nosso país. Estima-se que cerca de 94% dos adultos brasileiros com mais de 20 anos já tenham tido o contato com o vírus Varicela-Zoster, que permanece latente no nosso organismo. Em pacientes acima dos 50 anos ou com alguma condição imunológica, a ocorrência do herpes zoster costuma ser maior. Dados oficiais de número de casos no entanto são menos precisos, pois nem todos os casos procuram atendimento ou são registrados, mas a literatura médica reconhece que não é algo raro em nosso pais”, avalia.
Qual o tratamento?
Segundo o Dr. Igor Maia Marinho, a melhor forma de prevenir o herpes zóster hoje é por meio da vacinação, que já está amplamente disponível no Brasil e é especialmente recomendada para pessoas com mais de 50 anos ou indivíduos com imunidade comprometida, sendo uma vacina segura e extremamente eficaz!
Além da vacina, manter a saúde em dia, com boa alimentação, controle de doenças crônicas e redução do estresse, também ajuda a diminuir o risco de reativação do vírus.
“Quando a doença aparece, existe tratamento específico: os antivirais, iniciados de preferência nas primeiras 72 horas após o surgimento das lesões, reduzem a intensidade e a duração do quadro, além de diminuírem o risco de complicações como a dor crônica chamada nevralgia pós-herpética. Além disso, medicamentos para controle da dor e cuidados locais com a pele fazem parte do manejo, garantindo melhor recuperação e conforto ao paciente!”, finaliza ao analisar casos como do ator.
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