Neste sábado, dia 20, a Biblioteca Municipal de Serpa, recebe a apresentação dos livros “Crónicas de um Insubmisso” e o “O 25 de Abril que novembro traiu”, do Coronel Duran Clemente, capitão de Abril, “figura destacada da resistência antifascista e do processo revolucionário em Portugal”, refere a autarquia serpense no documento enviado à nossa redação.

Biografia de Manuel Duran Clemente:

«Capitão de Abril, atual Coronel reformado, nasceu em Almada a 28 de Junho de 1942. Foi aluno do Instituto dos Pupilos do Exército e licenciou-se em Administração, na Academia Militar. Iniciou a contestação ao regime ditatorial em 1969, no MDP/CDE. Foi um dos capitães da génese clandestina do Movimento do MFA, e na Guiné foi eleito para a 1.ª Comissão do Movimento de Capitães (1973). Durante o Processo Revolucionário foi membro da 5ª Divisão/EMGFA, onde coordenou o CEIP, estrutura de informação pública (rádio, televisão e “Boletim do MFA”). Foi secretário-geral da Assembleia do MFA e seu porta-voz de 11 de Março a Setembro de 1975. Após o 25 de Novembro de 1975 exilou-se em Cuba e Angola. É membro fundador da “Associação de Amizade Portugal / Guiné-Bissau”, da “Associação 25 de Abril”, do Movimento Cívico “Não Apaguem a Memória” e da “Associação Conquistas da Revolução”. Foi presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina (Lisboa) na coligação PS/PCP (1999-2011), candidato eleito à Assembleia da República pela CDU – círculo de Setúbal (1999), cargo que prescindiu pela função de assessor autárquico. Foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa na coligação PS/PCP (2001/2005), e assessor/adjunto da Câmara Municipal do Seixal, onde desempenhou cargos administrativos em entidades municipais, no desenvolvimento regional deste concelho (1991/2015). Proferiu inúmeras conferências e palestras em Portugal e no estrangeiro. Publicou dezenas de artigos em revistas e obras coletivas, nacionais e internacionais, e alguns livros como autor: Elementos para a compreensão do 25 de Novembro (1976), Afeto e Consciência (2023) e Crónicas de um Insubmisso (2024). Das várias homenagens com que foi agraciado destaca-se o reconhecimento como sócio honorário da Voz do Operário, “pelo importante papel no desenvolvimento da Revolução do 25 de Abril, bem como a luta em defesa dos trabalhadores e do povo, pela Dignidade, Liberdade e Democracia” (2014). Foi ainda condecorado com as insígnias de Cavaleiro da “Ordem de Avis” (1971) e de Grande-Oficial da “Ordem da Liberdade” (2021)», divulga a organização.