A explicação passa pelo facto de estes agentes patogénicos conseguirem viajar através da saliva até ao pâncreas, onde potenciam inflamações e alterações que favorecem o cancro.

“Está mais claro do que nunca que escovar e usar fio dentário não serve apenas para proteger contra doenças das gengivas, mas também pode ser uma forma de prevenção contra o cancro”, sublinhou o epidemiologista Richard Hayes, coautor do estudo publicado na revista JAMA Oncology.

Os autores acreditam que, no futuro, este tipo de investigação poderá ajudar médicos a identificar precocemente pessoas com maior risco e a definir planos de prevenção personalizados.

O cancro do pâncreas continua a ser um dos mais difíceis de detetar, já que os sintomas costumam ser vagos e aparecer tarde. Entre eles estão icterícia, alterações na cor da urina e das fezes, perda de apetite, emagrecimento inesperado, dor abdominal e nas costas, fadiga e problemas digestivos.