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Frio, isolado e solitário. Assim se vive nas ilhas Kerguelen, um dos lugares mais remotos do mundo — onde a grande companhia são os pinguins.
Em Port-aux-Français, nas ilhas Kerguelen, só se juntam cientistas. E no verão os habituais 50 tornam-se cerca de 80, o que se pode justificar pelas baixas temperaturas que se experimentam no local, tão afastado do equador, situado (literalmente) no meio do oceano Índico, entre África e a Oceânia.
Mas a pouca densidade populacional não significa falta de convívio: existe mesmo um espaço de convívio, do tamanho de um ginásio, descreve a Geo.
Durante 3 meses, a base é autónoma: a população sustenta-se especialmente com víveres. Muitos cientistas vêm em missão por mais de um ano, pelo que os mantimentos vão chegando através de barcos.
Há 45 tendas, e, claro, um refeitório. Não são exclusivamente cientistas que lá vivem: também os cozinheiros e outro staff vivem permanentemente em Port-aux-Français.
Sem aeroporto, esta é uma das ilhas mais remotas do mundo, pertencente oficialmente à França. Só lá vai quem estuda a fauna local. E essa não falta: desde pinguins aos milhares a aves de vários tipos, como o albatroz-de-cabeça-negra. As focas-elefantes e focas-leopardo também são abundantes. A flora também prolifera, com especial destaque para a aceana que provoca um efeito colorido na paisagem.
“Na flora de Kerguelen, um terço das espécies são nativas e dois terços introduzidas, e o nosso objetivo é reduzir esse número“, explica Manon Lato, da Direção do Ambiente da Terras Austrais e Antárticas Francesas. “É preciso esperar cinco anos para termos a certeza de que resulta”. enquanto isso, os cientistas aguardam, rodeados de mar e muitas aves.